O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoverá nesta segunda-feira (18), a primeira reunião ministerial do ano de 2024. Um dos principais assuntos tratados será a queda de popularidade do governo, medida em pesquisas.
Na reunião, Lula deve cobrar entregas dos ministros. Na avaliação do presidente, a melhora nos índices econômicos, como o desemprego, não tem se refletido nas pesquisas de opinião sobre o governo.
A alta no valor dos alimentos e o combate à epidemia de dengue também serão assuntos da reunião ministerial de hoje. o presidente deve pedir uma força-tarefa para combater o mosquito Aedes aegypti e acredita que isso também pode significar aprovação diante do eleitorado.
O presidente também quer uma marca para sua gestão neste ano de eleições municipais pelo país. Lula tem consultado políticos e marqueteiros sobre como melhorar a comunicação do governo. Na semana passada, o presidente se reuniu com o publicitário Sidônio Palmeira, que assumiu o marketing da campanha petista de 2022 e foi responsável pelo slogan do terceiro mandato – “União e Reconstrução”.
Na última segunda-feira (11), o presidente reuniu ministros que foram governadores em um jantar. Ele também se reuniu depois com dirigentes do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT para traçar estratégias e avaliar as negociações para as eleições municipais. A informação é do jornal Estadão.
Pesquisa
Divulgada no último dia 6, a pesquisa Quaest foi a principal responsável por acender o alerta no Palácio do Planalto. O levantamento mostra que a avaliação negativa do governo subiu cinco pontos percentuais (34%), encostando na positiva (35%).
A desaprovação do presidente passou de 43% em dezembro para 46% agora. Entre os evangélicos, o índice de reprovação chega a 62%. Já o porcentual dos que aprovam o trabalho de Lula caiu de 54% para 51%.
Lula diz que está ‘aquém’
Na última sexta-feira, o presidente Lula esteve no Rio Grande do Sul, em evento para anunciar investimentos do Novo PAC no estado. O presidente disse que está “tudo bem” perder a popularidade, por ele estar “aquém” do que o povo esperava que estivesse.
“A imprensa me perguntou: ‘O Lula perdeu popularidade?’ E eu falei: tudo bem, é porque eu estou aquém do que o povo esperava que eu estivesse, eu não estou cumprindo aquilo que prometi, e eu tenho conhecimento disso”, disse.
Preços dos alimentos
O preços dos alimentos já foi tema de reunião de Lula como alguns ministros do governo na última quinta-feira (14). Foram convocados para a reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura), além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Edegar Pretto.
No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), “alimentação e bebida” foi um dos grupos que tiveram alta de preços em fevereiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação geral do país foi de 0,83% no mesmo mês.
A alimentação no domicílio teve nova alta forte (1,12%), por influência das temperaturas mais elevadas neste início de ano e um maior volume de chuvas que prejudica a safra de produtos, segundo o IBGE.
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