Na ONU, Lula vai cobrar maior espaço para emergentes em decisões globais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz hoje, em Nova York, nos Estados Unidos, o discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Pela oitava vez, Lula iniciará os trabalhos, que acontece na sede da ONU. No dois primeiros mandatos, o presidente deixou de comparecer apenas em 2010.

No discurso, Lula vai falar sobre a necessidade de uma reforma no sistema de governança global. Para o presidente, o atual modelo, criado depois da Segunda Guerra Mundial, não é capaz de representar mais a geopolítica do século XXI. Ele ainda deverá cobrar que mais países sejam admitidos como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Lula também deverá abordar temas como sustentabilidade e mecanismos de combate à pobreza. O presidente vai pedir maior engajamento dos países ricos na transição energética das economias emergentes e que sejam cumpridas as promessas climáticas do Acordo de Paris. Ele promete pedir recursos das nações desenvolvidas para a erradicação da fome.

Na quarta-feira, Lula vai se encontrar com o presidente Joe Biden. Na ocasião, eles devem anunciar a criação da ‘Iniciativa Global Lula-Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI’. A iniciativa visa a promoção e a proteção dos direitos dos trabalhadores.

Também na quarta-feira, Lula vai se encontrar pessoalmente com o ucraniano Volodymyr Zelensky. O encontro será no Lotte Hotel, em Manhattan, onde Lula está hospedado. Em março, os dois presidentes participaram de uma videoconferência.

Ontem, Lula teve encontros com o presidente do Conselho Federal da Suíça, Alain Berset, e o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown.