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O instituto AtlasIntel fez uma pesquisa sobre a tragédia do Rio Grande do Sul, o impacto na população gaúcha e a percepção das 3.920 pessoas ouvidas entre os dias 14 e 21 de maio sobre a gestão da crise feita pelo governo estadual e pelo governo federal.

Quase 75% se disseram afetadas diretamente pelas chuvas e enchentes que já deixaram 169 mortos, 56 desaparecidos e mais de 580 mil pessoas sem casa.

Desse percentual que se disse afetado, a maioria (55,8%) teve que sair de casa e morar em outro local; 45,7% tiveram a casa alagada; 9,5% perderam um animal de estimação; 9,4% perderam o carro ou a moto; e 3,7% perderam um parente ou amigo.

A maior necessidade para 55% dos afetados pela tragédia, segundo o levantamento, é auxílio financeiro.

Consideram que a medida mais importante para lidar com as consequências da tragédia é reconstruir escolas, hospitais e outros equipamentos públicos, seguida da reconstrução de novas moradias para as famílias desabrigadas e de fiscalizar o possível desvio ou mal uso dos recursos transferidos para a recuperação do estado.

Com relação ao estado de espírito, 40% se dizem otimistas ou muito otimistas sobre a reconstrução de sua cidade, contra 28% de pessimistas ou muito pessimistas.

Sobre a reconstrução de sua situação pessoal e familiar, o índice de otimismo é de 41%, e o de pessimismo é de 22,3%.

Avaliação dos governos Lula e Leite

Um total de 31% dos respondentes avaliam a gestão da crise pelo governo federal como boa ou ótima, enquanto 52% disseram ser ruim ou péssima.

Apesar do alto índice de reprovação, o governo do presidente Lula saiu-se melhor que o governo estadual de Eduardo Leite: 24% disseram que a gestão do tucano foi boa ou ótima, e também 52% acham ruim ou péssima.

Quase 30% (29,9%) acham que o governo Lula teve grande culpa para que a tragédia ocorresse, em termos de falta de prevenção e gestão ambiental; no caso do governo estadual, esse índice sobe para 48,3%.

O desempenho do presidente Lula foi considerado ótimo por 29%; Leite foi avaliado da mesma forma por 22%. Mas 38% consideraram o desempenho de Lula como ruim ou péssimo, enquanto o governador teve a mesma avaliação por 24% dos respondentes — prova de que a rejeição ao presidente da República continua alta no estado que deu 56,3% de seus votos para Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, contra 43,6% de eleitores do petista.

 

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