ICL Notícias
Economia

Presidente Lula veta multas para quem não pagar novo DPVAT

Cobrança feita para todos os donos de veículos está de volta, com indenização em caso de acidente
17/05/2024 | 13h37

O presidente Lula (PT) sancionou com dois vetos a lei que recria o seguro de trânsito DPVAT. Foram vetadas as partes que tratavam de multas para o motorista que não pagar o seguro obrigatório.

A aplicação da penalidade, segundo o governo, acarretaria um “ônus excessivo” porque o pagamento do SPVAT (novo nome do seguro) já é obrigatório. “O Projeto de Lei Complementar já prevê a obrigatoriedade de quitação do prêmio do SPVAT para fins de licenciamento anual, de transferência de propriedade e de baixa de registro de veículos automotores de vias terrestres”, diz a justificativa.

DPVAT

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O seguro obrigatório (DPVAT) é uma cobrança feita para todos os donos de veículos automotores, que, em caso de acidentes, recebem uma indenização. Os valores serão definidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. O projeto de lei também não estabelece a data de início da cobrança.

Segundo o relator e líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o valor estimado pelo Ministério da Fazenda fica entre R$ 50 e R$ 60 por ano por condutor, sem distinção entre motociclistas e motoristas de carro como antes.

O seguro DPVAT havia sido extinto pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no final de 2019 e deixou de ser cobrado em 2020. A cobertura aos usuários, no entanto, continuou sendo feita com recursos federais de um fundo administrado pela Caixa. O

valor, no entanto, estava prestes a ser esgotados, o que fez o atual governo buscar alternativas para manter o pagamento às vítimas.

O projeto de lei prevê o pagamento obrigatório do seguro anualmente e mantém a Caixa como operadora do fundo arrecadado. Quando foi eliminado, o seguro era gerido pela Seguradora Líder, consórcio formado por seguradoras privadas.

Projeto de lei

O projeto que recria o DPVAT tem também um “jabuti” — nome dado a um dispositivo inserido em um projeto, mas que foge do tema central do texto — que liberou mais de R$ 15 bilhões aos cofres públicos. A liberação foi articulada pela Casa Civil e o Congresso Nacional para resolver o impasse em torno dos R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares vetadas por Lula.

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail