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Macron aceita pedido de renúncia do primeiro-ministro Gabriel Attal

Em nota, presidente pediu para que aliado permaneça no cargo até a composição do futuro governo
16/07/2024 | 15h18

O presidente Emmanuel Macron aceitou nesta terça-feira (16) o pedido de renúncia do primeiro-ministro Gabriel Attal. Segundo nota emitida pelo governo francês, Macron, no entanto, pediu para que o aliado permaneça no cargo até a composição de um novo governo.

Além de Attal, Macron também aceitou a renúncia de outros ministros do atual governo. Todos, contudo, vão permanecer em seus cargos provisoriamente para “cuidar dos assuntos correntes até que um novo governo seja nomeado”.

Segundo a nota do governo francês, não existe um cronograma definido para que Macron anuncie um novo primeiro-ministro.

“Para que este período termine o mais rápido possível, cabe às forças republicanas trabalharem juntas para construir uma união em torno de projetos e ações a serviço do povo francês”, diz a nota emitida pelo Palácio de Eliseu.

Um dia após as eleições para o Parlamento, Gabriel Attal chegou a anunciar a renúncia, mas foi demovido da ideia por Macron. Foto: Reprodução

Macron recusou renúncia

Em 8 de julho, um dia após as eleições para o Parlamento da França, Gabriel Attal chegou a anunciar a renúncia do cargo de primeiro-ministro. Mas Macron pediu para que o aliado ficasse no cargo para “garantir a estabilidade” da França.

O pedido de renúncia ocorreu em função da vitória da coalizão de esquerda em eleições. A Nova Frente Popular ficou 182 assentos no Parlamento, seguido do Juntos (coalizão governista, de centro), com 168 cadeiras, e Reunião Nacional (extrema direita), com 143 lugares.

Esquerda vai precisar de aliança para governar

Embora ainda não tenham batido o martelo sobre a união, líderes do bloco esquerdista indicaram que poderiam se aliar ao centro para chegar aos 289 assentos necessários para ter maioria.

A viabilidade de um governo juntando as duas forças, entretanto, ainda é incerta. Ambos os blocos nutrem desavenças profundas em determinados tópicos, como a reforma da Previdência francesa, por exemplo.

Jean-Luc Mélenchon, um dos líderes da esquerda francesa, afirmou que Macron deverá admitir a derrota nas eleições e, além disso, criar alguma relação com o NFP para formar o governo.

Prestes a entrar em um período de tensas negociações para definir o balanço de forças da Assembleia Nacional, a França se depara com um cenário desconhecido e até a ameaça de um Parlamento paralisado.

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