ICL Notícias

Três meses depois da morte do adolescente Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazarra após ser espancado por colegas em uma escola estadual de Praia Grande, no litoral de São Paulo, a mãe do jovem relata ameaças constantes sofridas pela família. Michele divulgou um vídeo nas redes sociais em que pede por justiça e afirma que a vida da família “foi destruída”.

Carlos morreu no dia 16 de abril na Santa Casa de Santos, no litoral paulista, onde estava internado depois de dois estudantes pularem em suas costas em 9 de abril, na Escola Estadual Júlio Pardo Couto.

Carlos morreu no dia 16 de abril na Santa Casa de Santos, no litoral paulista, onde estava internado depois de dois estudantes pularem em suas costas. Foto: Reprodução

A família, segundo Michele, mensagens nas redes sociais, enviadas por perfis criados somente com esse objetivo e que, após o envio, são deletados. Michele e a família estão hospedados na casa de familiares com medo das ameaças sofridas. A informação foi dada pelo jornalista Maurício Businari, do UOL.

Em uma das ameaças, enviada à irmã de Michele, uma pessoa com o pseudônimo Melanina4551 ameaça os pais de Carlinhos de morte. “A justiça pune, o crime mata”, diz. “Vou beber teu sangue e o do teu marido, seus lixos. Vou arrancar o teu coração e mandar para a vaca da tua irmã, que a próxima vai ser ela”, escreve.

Ameaças recebidas pela família. Foto: Reprodução/UOL

Outro alvo das ameaças é a filha do casal. “Vai sentar no colo do diabo, sua puta do c*. Podia muito bem pegar a tua filha para fazer vocês sofrerem. Já temos as fotos da família e o endereço. Vai ser questão de tempo pegar um por um”, escreve. As mensagens são encaminhadas pelo Instagram.

“Bom já vou ser direto, só avisa para a família do Carlinhos que já sabemos onde é o prédio onde o pai trabalha, onde ele fica, onde ele mora, tem gente de olho em vocês. Onde a vaca que divulgou mora, onde trabalha, sabemos de tudo, vai ser só questão de tempo para ‘subir’ todo mundo”, diz outra ameaça.

Segundo relatos de Michele, a família morava no mesmo bairro em que vivem os jovens acusados de agredir o filho. Com medo de ser atacado, o marido se vê obrigado a mudar sempre o caminho quando está indo para o trabalho.

O advogado da família já avisou a Polícia sobre as ameaças, porém, até o momento, ainda não se sabe de onde estão partindo as ameaças.

Mãe pede ‘justiça’ nas redes sociais

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Michele afirma que as investigações sobre o caso não tiveram avanço. Segundo ela, a família não teve acesso ainda às imagens de monitoramento da escola no dia da agressão nem ao laudo oficial sobre a causa da morte de Carlos.

“Eu quero fazer uma pergunta pra vocês: com qual idade tá liberado matar, porque mataram o meu filho, com 11, com 12, com 13, com 14 [anos]. Pode humilhar, pode perseguir, pode matar, tá liberado? O Brasil é um país em que se pode fazer tudo?”, questionou.

“Eles destroem uma família inteira, destroem a minha vida, destroem a vida do meu filho. Eu cuidei a vida toda do meu filho. Matam o meu filho e fica por isso mesmo”, relatou Michele.

Veja o vídeo:

@julyssesbight69 #justiça ♬ som original – julyssesnight69

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail