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Maioria da população quer punição para responsáveis por mortes na pandemia

Pesquisadores também identificaram que 62,1% dos entrevistados veem o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e a então gestão do Ministério da Saúde como os culpados.
08/09/2023 | 15h02

Mais da metade da população quer que os responsáveis pelas mortes de mais de 700 mil brasileiros durante a pandemia de Covid sejam punidos. É o que indica um levantamento do Centro de Estudos SoU Ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O estudo concluiu que 51,5% da população exigem julgamentos e condenações para os crimes associados à pandemia.

Os pesquisadores também identificaram que 62,1% dos entrevistados veem o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Saúde como os culpados pelas mortes. Outro frente do estudo revela que 76,5% dos entrevistados disseram ter assistido a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, e que isso os ajudou a formular uma opinião sobre o caso.

Aos participantes da pesquisa foram oferecidas três possíveis hipóteses de reparação dos crimes. A que teve mais adesão (44,7%) foi a criação de uma Comissão da Verdade que se encarregaria de apurar os fatos. Além da comissão, aos entrevistados também foi proposto:

  • Indenizar as vítimas, crianças que perderam pai e/ou mãe (39%)
  • Criar um Tribunal Especial para acelerar os julgamentos (38,3%)

 

Defesa do SUS

Em outra frente, a pesquisa também descobriu que a maioria dos entrevistados (52,4%) acredita que para prevenir ou reduzir a mortalidade de brasileiros numa possível próxima pandemia o caminho é aumentar os investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Um percentual menor (46,5%) aponta que a saída é investir mais em ciência e pesquisa. E para 38,7%, aumentar a produção de vacinas nacionais ajudará a reduzir o número de mortes em outras situações de crise na saúde.

Numa vertente política, os pesquisadores detectaram que eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram 58 milhões de doses a menos de vacinas contra a Covid em comparação aos que votaram no atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outro dado é que os eleitores de Lula receberam 38% a mais de doses dos imunizantes contra a Covid que os de Bolsonaro.

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