O governo federal informou que a segunda aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da “Operação Voltando em Paz”, pousou no Rio de Janeiro às 2h41 de hoje. O avião, que vem de Tel Aviv, Israel, chegou na madrugada transportando brasileiros que pediram para serem repatriados por conta do conflito entre israelenses e o grupo armado Hamas.
Foi o segundo voo da operação, com 214 brasileiros a bordo. Segundo o governo, pela primeira vez foram transportados animais, um cachorro e três gatos.
RECEPÇÃO
“Estaremos sempre aqui para receber os outros que chegarão”, afirmou, na noite de terça-feira (11) a ministra substituta do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha. Ela e outras autoridades do governo brasileiro participaram da recepção dos primeiros 211 brasileiros repatriados em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), após o início do conflito entre Israel e o grupo armado Hamas.
A aeronave KC-30 (Airbus A330 200) aterrissou na Base Aérea de Brasília às 4h07 da madrugada de quarta.
“Saímos de Tel Aviv debaixo de mísseis e chegamos ao Brasil com aplausos. A nossa esperança é olhar para o céu e saber que não cairão bombas”, resumiu o escritor e empresário brasiliense Fabrício Ramon Lopes, que relatou um ambiente tenso nas proximidades do aeroporto de Tel Aviv, com sons de estouros do sistema de defesa aéreo israelense e de alarmes.

211 brasileiros repatriados chegam de Israel. Foto: Divulgação/Governo Federal
“Estou muito contente que tenha dado tudo certo, muito satisfeito”, afirmou o paulista José Altona, que viajou para encontrar a filha numa cidade perto de Haifa, no norte de Israel. “Muito contente que tenha dado tudo certo. Espetacular essa gentileza de nos trazerem de volta. Foi um show de competência”, comentou.
Pastor e empresário cearense, Jorge Araújo estava em Jerusalém quando teve início o protocolo de sirenes e sinais para que todos buscassem abrigo. Para ele, a sensação é de paz por chegar bem ao território brasileiro.
“Muita felicidade, muita alegria. Queria agradecer familiares e amigos pelas orações, jejuns, lágrimas. Não é fácil para eles, mas a gente estava sempre sendo bem cuidado lá, muito protegidos.”
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