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Agências de classificação de risco DBRS e Austin elevam nota de crédito soberano do Brasil

Com essas duas, cujas decisões foram informadas nesta sexta-feira (28), já são quatro as agências que melhoraram a classificação do país. Na última quarta-feira (26), a Fitch também já havia divulgado sua decisão. Em junho, foi a S&P.
28/07/2023 | 21h00

O Brasil encerra a semana com mais uma boa notícia sobre a percepção a respeito da credibilidade do país. Nesta sexta-feira (28), as agências de classificação de risco DBRS Morningstar e a Austin Rating elevaram a nota de crédito do Brasil. No primeiro caso, a agência canadense subiu o rating de “BB-” para “BB”, com tendência estável, enquanto a brasileira Austin Rating elevou de estável para positiva em moeda local, reafirmando o rating em BB+. Na última quarta-feira (26), a agência Fitch também já havia elevado a nota.

No caso da Austin Rating, a classificação positiva para o país nessa categoria não acontecia desde janeiro de 2020.

A nota de crédito reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros. Em moeda estrangeira, a Austin manteve a perspectiva como estável, também com nota em BB+.

Com essas duas, já são quatro agências que melhoram a perspectiva da nota de crédito do país. Em junho, depois de quatro anos, a S&P Global Ratings elevou de “estável” para “positivo” o rating brasileiro, ao reconhecer os sinais de melhora na estabilidade das políticas fiscal e monetária do país.

Em conversa com jornalistas nesta tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a melhora da percepção sinaliza que “o mundo inteiro já compreendeu que está acontecendo alguma coisa boa no Brasil e que o rumo dado para a agenda econômica vai na direção, vai ao encontro do que o Brasil precisa para restabelecer a confiança atrair investimentos, sobretudo gerar bem-estar para a população brasileira”.

Em comunicados, agências destacam arcabouço fiscal e reforma tributária para mudanças nas notas de crédito

Em seu comunicado, a DBRS indicou que a atualização da nota “reflete principalmente a diminuição dos riscos para as perspectivas fiscais” do país.

A agência ainda destacou que as ações do governo para elevar a arrecadação levaram a previsão do déficit público para 2023 a 1% do PIB (Produto Interno Bruto), um recuo considerável em relação ao previsto no Orçamento do ano, de 2,3% do PIB.

A exemplo das demais agências, a DBRS também destacou o arcabouço fiscal, dizendo que o projeto que tramita no Congresso projeta superávit primário de 1% do PIB para 2026. A agência disse esperar que a medida seja promulgada pelo Congresso em breve. Também enfatizou a importância da reforma tributária para a melhora do cenário futuro.

“Em nossa opinião, mesmo que as metas primárias não sejam alcançadas, o novo quadro sinaliza que os resultados fiscais continuarão melhorando durante o governo Lula”, diz o comunicado.

Por sua vez, a Austin destacou que a mudança da perspectiva refletiu a melhora do ambiente fiscal doméstico em meio à aprovação do novo arcabouço fiscal, “que prevê a retomada do equilíbrio das contas públicas já a partir de 2024.”

“Além disso, também pesou na decisão do Comitê de Risco desta agência o quadro recente de melhora dos indicadores antecedentes, como, por exemplo, índice de confiança empresarial, industrial e dos consumidores, bem como as recorrentes revisões para cima das projeções de crescimento do PIB”, afirmou a Austin Rating em comunicado.

A Austin também disse enxergar resultados melhores do que o esperado no mercado de trabalho, com contínua expansão do emprego e da renda e ponderou que os índices de preços ao consumidor e ao atacado já têm pressionado por revisões para baixo nas estimativas de inflação.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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