Uma cartilha com práticas e recomendações para que o futebol possa ser cada vez mais plural, inclusivo e ético. É o que propõe a Travessia Estratégias em Inclusão, que lança neste mês “Diversidade, Equidade e Inclusão — Clubes de Futebol”, que será distribuído gratuitamente aos clubes de todo o Brasil.
O manual traz dicas para a criação e implementação de programas e projetos de diversidade, equidade e inclusão (DE&I). Objetivo é efetivamente transformar os os clubes de futebol em ambientes mais respeitosos, acolhedores e seguros para todos, incluindo mulheres, negros e pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ e com deficiência e/ou neurodivergentes.
“Implementar estratégias de diversidade e inclusão é mais do que uma responsabilidade social; é uma oportunidade de transformar a cultura dos clubes de futebol, tornando-os mais justos, equitativos e inovadores”, defende Mariana Deperon, autora do manual e advogada responsável por projetos e programas ESG e D&I na área de esportes da Travessia.
Manual ensina passo a passo
Segundo a autora, o material traz um passo a passo para os clubes, orientando sobre a inclusão e também com o objetivo de combater o racismo e discriminação étnico-racial. A cartilha é construída a partir de cinco pilares: regulamentos, controles e sanções, educação, networking e cooperação, e comunicações.
Entre as recomendações do manual, estão a avaliação e diagnóstico de ambiente; revisão do processo de recrutamento; treinamento e desenvolvimento de pessoal; criação de um ambiente de trabalho inclusivo; melhoria contínua; criação de um projeto específico de enfrentamento à discriminação; criação de comitê de diversidade e inclusão; iniciativas educacionais; promoção da acessibilidade; projetos junto às torcidas; e transparência.
“É essencial que os clubes de futebol no Brasil criem e implementem programas efetivos de DE&I, com projetos, ações, políticas e normas, de uma forma estruturada e organizada. Esses programas devem ser estruturados para atingir colaboradores, atletas, equipe técnica, lideranças e torcedores”, reforça Mariana. A autora acrescenta que os clubes de futebol possuem estrutura para promover uma mudança social significativa.
Leia também:
‘Não sou vítima de racismo. Sou algoz de racistas’, diz Vini Jr. após prisão de ofensores
Deixe um comentário