ICL Notícias

Igor Mello

Ao analisar a notícia-crime apresentada pela campanha de Guilherme Boulos (PSOL), o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo afirmou ver indícios de que Pablo Marçal cometeu quatro crimes com a divulgação de um laudo falso atribuindo ao psolista o consumo de cocaína.

O magistrado negou o pedido de prisão preventiva de Marçal feito pela campanha de Boulos. Contudo, destacou a necessidade de garantir a ordem pública e adotou como medida cautelar a suspensão do perfil do coach no Instagram –canal usado por ele para difundir o documento falsificado. O ICL Notícias verificou que o perfil não está mais no ar.

Ele também retirou o sigilo do processo durante a tarde deste sábado (5), considerando que o caso discute um caso de conhecimento notório e ampla repercussão.

Na decisão, o juiz eleitoral diz que é possível enquadrar o ato de Marçal nos seguintes crimes, que prevêem penas de mais de 7 anos de prisão. “Há indícios, portanto, da prática, ao menos em tese, dos seguintes crimes previstos no Código Eleitoral, sem prejuízo de eventual tipificação de outros”.

Ele lista os seguintes crimes:

  • Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado.
  • Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação.
  • Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro, para fins eleitorais.
  • Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados.

Mais cedo, o juiz o Rodrigo Marzola Colombini já havia determinado a exclusão das postagens de Marçal em outra ação proposta pela campanha de Boulos.

Marçal também é investigado pela PF

A Polícia Federal investiga o laudo falso publicado por Pablo Marçal em suas redes sociais. O documento falso tenta associar o candidato Guilherme Boulos (PSOL) ao consumo de drogas, imputação falsa que Marçal vem fazendo ao longo de toda a campanha.

O caso foi incluído em um inquérito da PF já em curso para apurar possíveis crimes cometidos por Pablo Marçal durante a campanha eleitoral, segundo a GloboNews.

Durante ato ao lado do presidente Lula e da ex-prefeita Marta Suplicy, candidata a vice em sua chapa, Boulos cobrou a ação das autoridades para punir Marçal

“[Um dos meus adversários] chegou ao limite de falsificar um documento. Mas a farsa foi desmascarada em poucas horas. O que a gente espera é que a Justiça tome as medidas cabíveis”, disse.

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