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Marcha atlética traz prata inédita para o Brasil nas Olimpíadas

O atleta brasileiro Caio Bonfim fechou a prova de marcha atlética de 20 km em pouco mais de 1h19min; equatoriano Daniel Pintado ficou com ouro
01/08/2024 | 06h51

O atleta Caio Bonfim conseguiu a primeira medalha de prata para o Brasil na marcha atlética na quinta-feira (01 de agosto). Caio fez a prova de 20 km em 1h19min09seg.

O ouro ficou com o equatoriano Brian Daniel Pintado, que chegou 14 segundos antes do que o brasileiro.  Álvaro Martín, da Espanha, ficou com o bronze, com tempo 2 segundos abaixo que Caio.

Além de Caio Bonfim, outros dois brasileiros também competiram na marcha atlética: Max Gonçalves dos Santos ficou em 28º e Matheus Corrêa terminou em 39º. Na prova feminina, que será na quinta-feira (01 de agosto), estarão as atletas Gabriela de Sousa, Viviane Lyra e Érica Sena.

marcha atlética

O atleta brasileiro Caio Bonfim ganhou medalha de prata na competição de marcha atlética. (Foto: COB)

Como foi a prova de marcha atlética

O brasileiro Caio Bonfim começou na liderança logo depois da largada, mas foi advertido por seu modo de andar, tirando os dois pés do chão. A partir do nono quilômetro, chegou a recuperar o primeiro lugar, mas recebeu outras duas punições seguidas. Assim, o equatoriano Daniel Pintado abriu vantagem e Caio amorteceu as passadas para garantir a prata.

O atleta brasileiro competiu nas Olimpíadas de 2012 (Londres), 2016 (Rio de Janeiro) e 2020–21 (Tóquio). Com o segundo lugar, se tornou o primeiro atleta da história do país a ir ao pódio pela primeira vez na carreira apenas em sua quarta participação nos Jogos.

Marcha atlética em família

Em entrevista à Cazé TV, Caio Bonfim falou sobre as dificuldades que enfentou desde começou a treinar: “Um cara perguntou para mim: ‘Foi difícil a prova?’ Não, difícil foi desde o dia que fui marchar na rua pela primeira vez e fui xingado. E eu falei: ‘Estou pronto, pai. Eu quero ser marchador. Esse foi dia em que eu decidi ser xingado sem ter problema.” O pai de Caio, João Sena, é treinador da modalidade há 30 anos.

Sobre sua trajetória nas Olimpíadas, ele afirmou: “São quatro Olimpíadas. Terminei carregado em uma cadeira de rodas em 2012, em quarto lugar no meu país e com a minha família.. . E hoje aqui medalhista olímpico. Esse momento é eterno. Tem que ter muita coragem para viver de marcha atlética. Valeu a pena pagar o preço.”

Ao final, prestou homenagem à mãe, Gianetti Bonfim, atleta da modalidade e treinadora de Caio, contando como se recordava de outros marchadores em jogos olímpicos: “O [Sérgio] Galdino novinho em 1996, uma Olimpíada que minha mãe fez índice e não foi. Em 2012, eu disse: ‘Mãe, quem disse que vc não é atleta olímpica?’ E hoje eu pude falar para meu pai e para minha mãe: ‘Nós somos medalhistas olímpicos’.”

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