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Eduardo Moreira se encontrou ontem no Ceará com a farmacêutica Maria da Penha Fernandes, que após ser agredida e ameaçada de morte pelo ex-marido, liderou um movimento que culminou na criação da Lei Maria da Penha, que pune atos de violência doméstica contra a mulher. No encontro, Eduardo confirmou que ela fará um webinar a ser apresentado no ICL, em data que será anunciada brevemente.
“Visitei o Instituto Maria da Penha e tive uma conversa muito forte, reveladora e inspiradora com a Maria da Penha. Ela contou com detalhes todo o processo de violência brutal que sofreu, esse atentado à vida dela, e falou também sobre como o Judiciário brasileiro foi omisso e como até hoje deve um pedido de desculpas formal não só a ela, mas a todas as brasileiras que foram vítimas desse tipo de violência e demoraram tanto para ver na Justiça os seus casos — muitas delas não tiveram isso até hoje”, explicou o criador do ICL.
A conversa, diz Eduardo, foi incrível e vai deixar as pessoas muito impressionadas com com tudo o que foi revelado por ela.
“Maria da Penha fala também sobre como se sente com a avalanche de fake news que inventaram sobre ela e de onde tira forças para continuar essa luta tão importante, num dos países com maior índice de agressão a mulher no mundo”, diz ele.
Em 1983, o marido de Maria da Penha, o economista e professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, atirou simulando um assalto; na segunda, tentou eletrocutá-la enquanto ela tomava banho. Por causa das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica.
Dezenove anos depois, no mês de outubro de 2002, quando faltavam apenas seis meses para a prescrição do crime, seu agressor foi condenado: Heredia foi preso e cumpriu apenas dois anos (um terço) da pena a que fora condenado; foi solto em 2004 e hoje está livre.
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