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Mauro Vieira diz que não é possível afirmar se brasileiros sairão de Gaza em breve

Em relação à saída de brasileiros, embora nomes estejam em lista, ministro das Relações Exteriores disse que não é possível dizer se eles sairão hoje ou amanhã da Faixa de Gaza.
10/11/2023 | 11h24

Em entrevista coletiva hoje, sexta-feira (10), o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira disse que devido à situação em Gaza, não é possível afirmar se os brasileiros retidos dentro do território palestino poderão atravessar a Passagem de Rafah nos próxims dias. Mesmo assim, o ministro garantiu que os nomes dos 34 brasileiros estão incluídos na lista de permissões para deixar Gaza.

“A situação em Gaza não me permite dizer se será hoje, amanhã ou quando [os brasileiros poderão sair. É uma região conflagrada e são inúmeras as questões que dificultam”, explicou o ministro.

Vieira também detalhou que a lista com os nomes dos brasileiros está em poder das autoridades envolvidas há mais de 20 dias. E acrescentou que fez, em pelo menos quatro oportunidades, conversou com os ministros das Relações Exteriores do Egito e de Israel. O diplomata reforçou que, na sexta-feira passada, conversou com o ministro israelense que, segundo ele, garantiu que os nomes dos brasileiros estariam na lista na quarta-feira (8).

O ministro brasileiro disse que a promessa não se confirmou porque durante três dias seguidos a Passagem de Rafah ficou fechada. Em conversa na quinta-feira (9), Vieira disse que foi novamente garantido que os brasileiros constariam na lista, mas novamente os brasileiros não puderam sair porque o posto de controle não foi aberto.

“Esperamos que esses nomes sejam autorizados a cruzar o mais rápido possível. Até o momento, nenhum nacional, de nenhuma nacionalidade, cruzou nesses últimos três dias. Continuamos trabalhando”, afirmou Vieira.

Segundo o ministro, embora a lista do Brasil não seja a das maiores — são 34 nomes, fato é que a travessia é “complexa” porque a Passagem de Rafah fica aberta “algumas horas por dia”. “Há um entendimento que primeiro passam ambulâncias com feridos, e só depois os nacionais de outros paises. E foi justamente o que ocorreu hoje”, detalhou.

‘FALO COM O CHEFE DELE’

Vieira também fez um breve desvio da sobriedade diplomática para abordar o caso do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. Nos últimos dias, Zonshine tem dado declarações controversas e se reuniu com parlamentares, segundo ele, “selecionados”. No encontro, também esteve o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Eu não falo com o embaixador de Israel aqui [no Brasil]. Eu falo com o chefe dele, que é o ministro das Relações Exteriores, que me garantiu que nos últimos 30 dias, e temos conversado constantemente (…), e que ele deu garantias, do governo de Israel, que os brasileiros estariam na próxima lista. Os nomes foram incluídos na lista”, ressaltou Vieira.

Seguindo com o esclarecimento, Vieira disse que só pode se referir a fatos concretos, de contatos oficiais entre governos. Ele também acrescentou que tem mantido contatos, por instrução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para viabilizar a saída dos brasileiros.

“O Itamaraty está totalmente envolvido e focado nessa operação”, afirmou em entrevista à GloboNews.

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