O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) recomendou que magistrados tivessem “cautela” no uso de elementos visuais em comunicações oficiais depois que uma juíza federal usou um meme do Homem-Aranha em um ofício.
Com a intenção de facilitar a comunicação jurídica por meio de elementos visuais, prática conhecida como visual law, a juíza adicionou o meme para ilustrar um engano no envio de documentos de uma ação de desapropriação.
O despacho, assinado por Karina Dusse, juíza federal substituta da 1ª Vara Feeral de Volta Redonda (RJ), empregar o meme para explicar o equívoco — depois que o titular da Vara concedeu liminar no processo, determinou que um ofício fosse expedido à 3ª Vara Federal de Volta Redonda (RJ). Por um erro, o ofício foi encaminhado para a própria 1ª Vara.

Exemplo de apresentações de contrato sem e com aplica cação de elementos de design conhecidos como ‘visual law’ (Foto: Reprodução)
Caso do meme: corregedoria pede ‘parcimônia’
Para corrigir a situação e esclarecer o equívoco, a juíza Karina Dusse, ao remeter o ofício ao destino correto, utilizou o meme conhecido como “Spider-Man Pointing at Spider-Man”, onde o herói dos quadrinhos e filmes aparece em três versões, apontando umas para as outras.
Na segunda-feira (21), a Corregedoria do TRF-2 expediu circular, orientando os magistrados a utilizarem “com prudência e parcimônia expressões informais, referências culturais e recursos de visual law nos atos jurisdicionais”. Segundo informações do portal Migalhas, o documento não menciona diretamente o episódio, do Homem-Aranha, mas enfatiza a importância de equilibrar a comunicação do Poder Judiciário.
Relacionados
Avanço do PL da anistia preocupa líder da bancada petista na Câmara
Setores do partido veem tentativa de votar proposta antes do julgamento como um risco de confronto entre Parlamento e Judiciário
Vale-alimentação de R$ 10 mil atende ‘necessidade nutricional’, diz TJ-MT ao STF
Pago em dezembro, benefício ficou conhecido como 'vale-peru' e foi suspenso após repercussão negativa
Ganho acima da inflação no Judiciário extrapola várias vezes o do funcionalismo
Além da remuneração regular, elite do funcionalismo também pode receber verbas indenizatórias