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Com mercado externo, Lula e Haddad, Ibovespa sobe 1,71%, aos 125.661 pontos

Já o dólar registrou queda de 1,72% e voltou aos R$ 5,568 nesta quarta-feira (3).
03/07/2024 | 21h38

O Ibovespa teve mais um dia de recuperação ampla, nesta quarta-feira (3), fechando com alta de 0,70%, aos 125.661,89 pontos.

Sem indicadores relevantes na agenda, o mercado repercutiu hoje notícias externas e por aqui.

Falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajudaram a acalmar o mercado e a baixar o dólar, na esteira de um movimento global.

“Aqui nesse governo a gente aplica dinheiro necessário, gasto com educação e saúde quando é necessário, mas a gente não joga dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é palavra, é compromisso desse governo desde 2003 e a gente manterá ele à risca”, disse Lula, em discurso no lançamento do Plano Safra Agricultura Familiar, no Palácio do Planalto.

Por sua vez, Haddad que “a diretoria tem autonomia para atuar quando entender que for conveniente, não existe outra orientação. A minha análise é que o câmbio vai acomodar, diante de tudo que estamos fazendo e entregando”.

Ontem (2), o dólar disparou e fechou cotado a R$ 5,66, devido a um movimento especulativo do mercado financeiro, que se vale das críticas de Lula ao Banco Central e à taxa básica de juros (Selic). Hoje, Lula se reuniu com ministros e se reuniria com Haddad e parte da equipe econômica no fim da tarde, para discutir ajuste fiscal e a questão do dólar.

Em segundo plano, ficou a divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre produção industrial, que caiu 0,9% na passagem de abril para maio.

Foi o segundo mês consecutivo de queda, período em que acumulou perda de 1,7%. Com isso, o setor eliminou o ganho de 1,1% que havia acumulado entre fevereiro e março deste ano. Os resultados de maio levaram a indústria a operar 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

Dólar

O dólar registrou queda de 1,72% e voltou aos R$ 5,568 nesta quarta-feira (3), em meio a um movimento global de baixa da moeda americana que foi reforçado no Brasil por falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as contas públicas do país. Os DIs (juros futuros) recuaram por toda a curva.

Ata do Fed

A grande maioria dos membros do BC americano presentes na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) dos dias 11 e 12 de junho disse acreditar que o crescimento da economia está desacelerando e que a política monetária está em território restritivo, segundo ata do encontro divulgada hoje.

A ata também mostrou preocupação das autoridades de que o mercado de trabalho desacelere mais rápido que o esperado.

Segundo a ata, a economia está sustentando um crescimento mais rápido de empregos sem elevar o desemprego devido a um aumento da imigração. Mas alguns reiteram que uma diminuição na demanda pode levar a um aumento do desemprego a níveis maiores que o passado recente.

As bolsas de Nova York fecharam mais cedo devido ao feriado da Independência amanhã (4).

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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