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A maioria dos mercados mundiais está operando em relativa queda nesta manhã de segunda-feira (13), após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB), cujos impactos foram mitigados após intervenção do governo norte-americano. Os índices futuros dos EUA operam com sinais distintos depois da alta quando as medidas foram tomadas para mitigar os efeitos do colapso do SVB no sistema financeiro, do mesmo modo que as bolsas europeias.

Comunicado conjunto do Departamento do Tesouro, Fed (Federal Reserve) e FDIC disse que todos os depositantes do SVB terão acesso ao seu dinheiro a partir de hoje. Além disso, o Fed também anunciou que está criando um novo Programa de Financiamento a Prazo do banco destinado a salvaguardar os depósitos. A linha oferecerá empréstimos de até um ano a bancos, associações de poupança, cooperativas de crédito e outras instituições.

Na sexta-feira passada (10), o Silicon Valley Bank foi fechado pelos reguladores americanos depois que saques maciços no dia anterior criaram uma corrida aos bancos.

Boa parte das bolsas da Europa também opera no negativo, com os investidores se concentrando nas consequências do colapso do banco do Vale do Silício. Ontem (12), o banco de compensações Bank of London confirmou que protocolou uma proposta para a compra da subsidiária britânica do SVB.

Nos EUA, para esta terça-feira (14) os mercados aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). O consenso Refinitiv prevê que o índice de fevereiro registre um avanço de 0,4% sobre janeiro, informação que deve pesar na próxima decisão de juros do Fed. A próxima reunião da autoridade monetária está prevista para os dias 21 e 22 de março.

Na Ásia, os mercados fecharam mistos na sessão de hoje, com os reguladores dos EUA anunciando planos para apoiar tanto os depositantes quanto as instituições financeiras associadas ao Silicon Valley Bank, vistas como uma medida para conter riscos sistêmicos.

Brasil

O Ibovespa fechou  o pregão de sexta-feira (10) em queda, com investidores atentos ao relatório de emprego nos Estados Unidos e às notícias sobre inflação e novo arcabouço fiscal brasileiro. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,38%, aos 103.618 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, investidores repercutiram os dados mais sólidos sobre o desemprego nos Estados Unidos. A abertura de vagas fora do setor agrícola norte-americano totalizou 311 mil empregos no mês passado, mostrou o relatório do Departamento do Trabalho. As estimativas para a criação de vagas de fevereiro variavam de 78 mil a 325 mil.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar subiu 1,30% frente ao real, cotado a R$ 5,207.

Europa

As bolsas da Europa operam com baixa, com os investidores repercutindo o colapso do Banco do Vale do Silício. O banco de compensações Bank of London confirmou ontem (12) ter protocolado uma proposta para a compra da subsidiária britânica do Silicon Valley Bank, fechado na última sexta-feira (10) por reguladores americanos. A oferta foi feita em parceria com um consórcio de empresas de private equity às autoridades do Reino Unido, entre elas o Tesouro, a Autoridade de Regulação Prudencial e o Banco da Inglaterra (BoE), além do Conselho de administração do SVB.

FTSE 100 (Reino Unido), -1,18%
DAX (Alemanha), -1,39%
CAC 40 (França), -1,46%
FTSE MIB (Itália), -2,28%
STOXX 600, -1,43%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com sinais distintos nesta manhã, após abrirem em alta com o anúncio de um plano dos reguladores para apoiar todos os depositantes do Silicon Valley Bank e disponibilizar financiamento adicional para outros bancos.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,36%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,08%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,41%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam mistas na sessão de hoje, tanto repercutindo os efeitos do colapso do SVB nos mercados mundiais.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,96%, liderado pelas ações de tecnologia, e o índice Hang Seng Tech subiu mais de 3%. Na China continental, a Bolsa de  Shanghai subiu 1,2%, para fechar em 3.268 pontos.

Por sua vez, os mercados do Japão lideraram as perdas na região. O Topix caiu 1,51%, para fechar em 2.001 pontos, vendo as ações do Softbank caindo 2,3%, pois os investidores continuam avaliando os temores de contágio. O Nikkei 225 caiu 1,11%, para fechar em 27.383 pontos.

Shanghai SE (China), +1,20%
Nikkei (Japão), -1,11%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,95%
Kospi (Coreia do Sul), +0,67%
ASX 200 (Austrália), -0,50%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com perdas com o aumento das preocupações em relação à taxa de juro dos Estados Unidos.

Petróleo WTI, -1,85%, a US$ 75,26 o barril
Petróleo Brent, -1,79%, a US$ 81,29 o barril

Agenda

Agenda esvaziada no exterior nesta segunda-feira. Para amanhã (14), é aguardada a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

Por aqui, no Brasil, os investidores seguem acompanhando discussões políticas sobre a nova âncora fiscal do país. A expectativa é a de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresente uma primeira proposta nos próximos dias. Outro assunto no campo político-econômico é que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado votará amanhã (14) um requerimento para que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, seja convidado a comparecer ao Congresso para explicar por que a taxa básica de juros está em 13,75% ao ano. A agenda brasileira tem dois indicadores a serem divulgados esta semana: o IBC-Br de janeiro, uma espécie de prévia do PIB, será divulgado na sexta-feira (17). No mesmo dia, sai a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua, com o mercado prevendo crescimento para 8,3% em janeiro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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