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Embalados pelo otimismo da véspera, mercados mundiais operam majoritariamente no azul. Hoje é dia de decisões sobre os juros na Europa

Na esteira da decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que manteve os juros no patamar atual, o Ibovespa fechou em clima positivo na quarta-feira (13), com alta de 2,42%, aos 129.465 pontos.
14/12/2023 | 11h05

Os mercados mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de quinta-feira (14), embalados pelo otimismo da véspera após a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que manteve os juros no patamar atual (5,25% a 5,50% ao ano) e indicou cortes nas taxas no ano que vem. Somente as bolsas asiáticas fecharam mistas, repercutindo também dados da região.

Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central promoveu o quarto corte consecutivo de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), que agora está em 11,75% ao ano. Assim como o Fed, o colegiado também indicou mais cortes no ano que vem, se a economia, tanto aqui quanto lá fora, assim o permitirem.

Para esta quinta-feira, os investidores aguardam mais uma leva de dados. Nos Estados Unidos, saem os números semanais de auxílio desemprego e os dados de venda no varejo, com expectativa LSEG de redução de 0,1% na comparação mensal.

Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) e o BoE (Banco da Inglaterra) anunciam hoje suas decisões sobre os juros. Por lá, os agentes apostam na manutenção das taxas atuais nos dois casos.

Voltando ao Brasil, os investidores devem continuar repercutindo hoje a decisão do Copom, além de acompanharem os dados das vendas no varejo de outubro, com consenso LSEG projetando alta mensal de 0,2% e de 1,76% na base anual.

Também devem ficar de olho na movimentação em Brasília. Para hoje, está prevista a votação do projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024 e os vetos ao arcabouço fiscal, ao Carf e à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos.

Brasil

Na esteira da decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que manteve os juros no patamar atual, o Ibovespa fechou em clima positivo na quarta-feira (13), com alta de 2,42%, aos 129.465 pontos.

Esse é o maior nível desde julho de 2021 e próximo à máxima histórica de 130 mil pontos registrada em junho do mesmo ano.

Além da decisão do banco central dos Estados Unidos, que manteve os juros na faixa entre 5,25% a 5,50% ao ano, com indicação de início de cortes em 2024, os investidores mantinham a expectativa de que, por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, anunciaria, depois do fechamento do pregão, redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), de 12,25% para 11,75% ao ano, o que acabou acontecendo

Nas negociações do dia, odólar perdeu força e terminou o dia com queda de 0,92%, a R$ 4,9208 no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo depois da decisão do Federal Reserve e com os investidores aguardando as decisões sobre juros do BCE (Banco Central Europeu) e do BoE (Banco da Inglaterra).

A decisão do BCE será seguida de entrevista da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde. O consenso do mercado prevê manutenção da taxa de juros em 4,50%.

No caso do BoE, a previsão também é de manutenção do juro em 5,25%.

FTSE 100 (Reino Unido), +2,08%
DAX (Alemanha), +1,14%
CAC 40 (França), +1,40%
FTSE MIB (Itália), +0,62%
STOXX 600, +1,57%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quinta-feira, depois que o Fed indicou na véspera cortes nas taxas de juros em 2024, e o Dow Jones fechou em alta histórica.

O indicador saltou 1,4% durante o pregão regular, fechando em 37.090,24 pontos. Esta foi a primeira vez que o índice fechou acima de 37.000 e quebrou sua máxima anterior de fechamento de janeiro de 2022.

O S&P 500 avançou 1,37%, terminando acima de 4.700 pela primeira vez desde janeiro de 2022, enquanto o Nasdaq Composite ganhou 1,38%. As três principais médias subiram para novos máximos em 52 semanas.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,33%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,34%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,47%

Ásia-Pacífico

Já as bolsas da Ásia-Pacífico fecharam mistas. Além de repercutirem a decisão do Fed, os mercados por lá também digeriram dados regionais.

Houve perdas em Xangai e também em Tóquio. A bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,33%, em 2.958,99 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,55%, a 1.919,91 pontos, com certo pessimismo sobre a economia chinesa.

Já o índice Nikkei, de Tóquio, caiu 0,73%, para 32.686,25 pontos. A força do iene pressionou ações de exportadoras do Japão, entre elas montadoras.

Shanghai SE (China), -0,33%
Nikkei (Japão), -0,73%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,07%
Kospi (Coreia do Sul), +1,34%
ASX 200 (Austrália), +1,65%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem, ampliando os ganhos da véspera, devido a preocupações com Oriente Médio e a sinalização de que o Fed começará a cortar os juros em 2024.

Petróleo WTI, +1,24%, a US$ 70,33 o barril
Petróleo Brent, +1,33%, a US$ 75,25 o barril

Agenda

Nos EUA, serão divulgados hoje os pedidos de seguro-desemprego semanal, com o consenso LSEG projetando 220 mil solicitações. Também saem os dados do varejo de novembro, com previsão de baixa de 0,1% na comparação com outubro.

Na Europa, serão anunciadas as decisões sobre os juros pelo BCE (Banco Central Europeu) e pelo BoE (Bank of England). Nos dois casos, a expectativa é de manutenção das taxas de juros.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizará nesta quinta-feira (13) o discurso de abertura da Trilha Financeira do G20, grupo que reúne as maiores economias mundiais, no Palácio do Itamaraty, das 9h30 às 10h. O chefe da Fazenda inaugura o primeiro dia de reuniões exclusivas da trilha de finanças do G20, sob a presidência brasileira. Na seara de indicadores, saem os dados das vendas no varejo de outubro, com o consenso LSEG projetando alta mensal de 0,2% e de 1,76% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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