O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou, em entrevista ao jornal “La Nación”, que a sua vice-presidente, Victoria Villarruel, “não tem nenhuma ingerência na tomada de decisões” de governo. De acordo com o presidente argentino, ela não participa de reuniões de gabinete.
O presidente acusou Villarruel de estar “próxima do círculo vermelho”, como Milei chama os políticos da esquerda argentina e da “casta”, palavra que ele usa ao se referir a nomes mais antigos na política do país.
Na entrevista, Javier Milei disse, ainda, que sua relação com a vice é “meramente institucional” e que o contato que eles mantêm “é o necessário para cumprir nossas funções”.
Milei tem como seu braço-direito a irmã, Karina, que ocupa o cargo de secretária de governo da sua gestão.
Vice de Milei
Além de vice-presidente, Victoria Villarruel também é presidente do Senado. O governo de Javier Milei, no entanto, não possui maioria em nenhuma das duas casas do Congresso argentino.
Victoria Villarruel é filha do tenente-coronel do Exército Eduardo Villarruel, veterano da Guerra das Malvinas, contra o Reino Unido, em 1982. Além do pai integrante do Exército, o avô de Villarruel é o contra-almirante Laurio Hedelvio Destéfani, da Marinha.
A vice-presidente defende que a ditadura militar no país, que durou entre 1976 e 1983, foi uma “guerra” contra o comunismo. Ela é fundadora e presidente da associação civil Centro de Estudos Legais sobre o Terrorismo e suas Vítimas (da sigla em espanhol CELTYV), que equipara os crimes praticados pelos governos militares durante a ditadura argentina com ações de grupos armados contrários ao regime.
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