O presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza), formalizou nesta sexta-feira (29) que o país não vai se unir ao BRIC, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A informação foi publicada por vários veículos argentinos.
De acordo com as publicações, o governo Milei enviou cartas aos presidentes dos países que integram o bloco informando da decisão. Nas mensagens, segundo fontes do jornal Clarín, Milei menciona o compromisso do governo com a “intensificação de laços bilaterais, e em particular com o aumento dos fluxos de comércio e investimento”.
Diz o Clarín que, no texto, o presidente recém empossado da Argentina expõe a guinada ideológica do governo. Milei teria escrito que a marca em matéria de política exterior do governo que preside é diferente, em muitos casos, do governo anterior.
O novo presidente argentino também afirma no documento que decisões tomadas pela gestão anterior vão ser revisadas, entre elas a criação de uma unidade especializada para a participação ativa da Argentina no BRICS.
Depois da recusa em entrar no bloco, Milei afirmou que seguirá mantendo vínculos comerciais com os cinco países membros do bloco.
Em agosto, o então presidente da Argentina Alberto Fernández anunciou que o país entraria no bloco econômico, enquanto Milei já havia manifestado que, naquele momento, se fosse eleito, rejeitava a proposta.
O então candidato Milei afirmou que o alinhamento geopolítico seria com os Estados Unidos e Israel, e que não se aliaria a comunistas. Depois de “bater” nos membros do BRICS, Milei tergiversou afirmando que o setor privado poderia manter relações comerciais com quem quisesse.
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