O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou urgência na publicação do edital para o preenchimento de nova vaga no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. Com a decisão, não deverá haver qualquer atraso no julgamento do senador Sergio Moro (União–PR). A informação é da revista Carta Capital.
Atualmente, o TRE-PR analisa as duas ações contra Moro — uma protocolada pela federação PT/ PV/ PCdoB e outra pelo PL. O regimento interno, no entanto, estabelece que as decisões que podem resultar na cassação de registro ou na perda de diplomas exigem a presença de todos os juízes da Corte paranaense.
Acontece que nesta terça-feira (23) termina o mandato de Thiago Paiva dos Santos — ele é o representante da classe dos advogados. Quatro dias depois, chegará ao fim a participação dos dois substitutos de mesma classe — José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior.
Não à toa, no último sábado (20), durante o plantão do Poder Judiciário, Moraes determinou a publicação da lista tríplice para suceder o juiz Thiago Paiva dos Santos. “Nos termos do art. 17 do RITSE, publique-se, com urgência, o edital de que trata o art. 25, § 3º, do Código Eleitoral”, despachou o presidente do TSE.
A lista tríplice para o TRE-PR será publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta terça-feira (23). Em seguida, será analisada pelo TSE — Moraes deve pautar a votação em fevereiro — e pelo presidente Lula (PT), que aprovarão ou rejeitarão o nome do sucessor de Thiago Paiva dos Santos.
AÇÕES
As ações acusam Sergio Moro de abuso de poder econômico, político e uso indevido de meios de comunicação em sua campanha ao Senado nas eleições de 2022.
O Ministério Público Federal já se manifestou favoravelmente à perda do mandato por abuso de poder econômico, devido a gastos de R$ 2,03 milhões na pré-campanha.
Relacionados
STF retoma julgamento da ADPF das Favelas
Medidas restringem operações da Polícia Militar do Rio de Janeiro
STF teme que julgamento de militares das forças especiais vire ‘show de loucuras’
Apreciação da denúncia contra réus réus ligados às Forças Armadas preocupa ministros
O julgamento
Se o Estado brasileiro não julgasse os golpistas estaria a legitimar a violência enquanto método político