O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta sexta-feira (11), a prisão domiciliar para Aildo Francisco Lima, que foi preso por envolvimento na invasão dos Três Poderes em 08 de janeiro de 2023. Ele fez uma live da cadeira de Moraes, enquanto o Supremo era depredado por outros golpistas, e estava preso desde setembro de 2023.
O réu terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de usar as redes sociais ou se comunicar com outros envolvidos no caso. Pela decisão, Aildo também não poderá dar entrevistas a qualquer veículo de comunicação, e nem receber visitas, além de seus advogados, cônjuge, pais e irmãos. O réu também foi autorizado a visitar o pai que está internado em uma UTI em Jundiaí em estado grave. A viagem deve acontecer entre domingo (13) e segunda (14) por via terrestre.
Moraes negou pedidos da defesa
O pedido da defesa pela liberdade provisória do réu foi negado e considerado incabível por Moraes.
Na decisão, o Ministro afirma que a produção de provas do processo já foi encerrada, e por isso, não há mais possibilidade de interferência do réu para justificar a prisão cautelar. Anteriormente, Moraes havia negado outros seis pedidos da defesa por relaxamento da prisão.
Aildo responde pelas acusações de golpe de estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e dano qualificado por violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União.
Relacionados
Requerimento de urgência do PL da Anistia usa velhinhas com a Bíblia na mão como reféns
PL que quer anistiar acusados e condenados de participação no 8/1 é protagonizado por pastores políticos
Ministro Celso de Mello, em artigo exclusivo: projeto de anistia transgride Constituição
Para ministro, anistia a golpistas é "ato que afronta e dessacraliza, uma vez mais, a soberana autoridade da Constituição"
Brasileiros foragidos reclamam de condições de prisões na Argentina, diz site
Três dos cinco brasileiros que estão detidos em Buenos Aires se queixam que são vítimas de violações aos direitos humanos