O senador Sergio Moro (União-PR) depõe no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sobre duas ações em que é acusado de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e contratos irregulares durante a campanha de 2022.
Os processos foram movidos pelo PL e pela federação PT, PV e PC do B, e unificados no TRE-PR. Ambos pedem a cassação do mandato do ex-juiz da operação Lava-Jato no Senado Federal.
Com gastos acima de R$ 2 milhões, a pré-campanha de Sergio Moro ao Senado Federal, na avaliação das legendas, deu a ele mais visibilidade, o que se configuraria como vantagem indevida, em relação aos concorrentes pela vaga de senador.
O TSE permite que seja gasto em campanha para Senado R$ 4,4 milhões. Segundo a denúncia, Moro investiu mais de R$ 6 milhões na candidatura, juntando o dinheiro usado na pré-campanha presidencial.
O ex-juiz nega as acusações e chama de “choro de perdedor”. Para ele, “é fantasiosa alegação de que a corrida presidencial tenha gerado ganhos eleitorais, uma vez que a desistência gerou gastos políticos”.
No depoimento de hoje, o parlamentar tem a prerrogativa de não responder aos questionamentos. A equipe do senador sinaliza que Moro comparecerá ao tribunal, apesar de presença não ser obrigatória. A oitiva, que inicialmente estava prevista para o último dia 16, não terá transmissão.
FUTURO INCERTO
O processo contra o senador Sergio Moro está na fase de colheita de depoimentos. Se Moro for condenado, toda a chapa para o Senado na eleição de 2022 será cassada e serão convocadas novas eleições para senador no Paraná.
Entre os possíveis candidatos que vislumbram ocupar a vaga do ex-juiz estão o deputado bolsonarista Ricardo Barros (PP); a presidente do PT Gleisi Hoffman; o ex-senador Álvaro Dias (Podemos); e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Relacionados
Família de Ryan, de 4 anos, morto pela PM há três meses, cobra Justiça em Santos
Ryan da Silva Andrade Santos foi baleado enquanto brincava em frente de casa. Laudo confirmou que tiro partiu da PM
Funcionário é demitido após se negar a participar de culto evangélico; veja o vídeo
Caso ocorreu no último 27 de janeiro, mas só teve repercussão neste fim de semana
Justiça manda Marcelo Bretas retirar postagens relativas ao seu curso de coach
TRF-2 também deu 5 dias para o ex-juiz da Lava Jato encerrar a empresa responsável pelo curso