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Morre no RJ menina de 3 anos baleada na cabeça por agente da PRF

Policiais escutaram um som parecido ao de arma de fogo e chegaram a se abaixar dentro da viatura. Foi então que Fabiano Menacho disparou três vezes com o fuzil na direção do Peugeot onde estava Heloísa.
16/09/2023 | 11h13

Morreu hoje no Rio, às 9h22, a menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que estava internada desde o dia 7 de setembro, no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Ela foi alvejada por um tiro na cabeça durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica. Ela ficou 9 dias no CTI.

Na quarta-feira (13), Heloísa teve piora no estado de saúde, que já era gravíssimo.

O agente da PRF Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiram a menina. Ele disse ao delegado que os o veículo Peugeot 207 chamou a atenção dos policiais e que a placa indicava que o carro era roubado.

Por isso, seguiram o veículo, ligaram o giroflex e acionaram a sirene para que o motorista parasse, mas que, depois de cerca de 10 segundos atrás do veículo, escutaram um som parecido ao de uma arma de fogo e chegaram a se abaixar dentro da viatura.

Foi então que Fabiano Menacho disse que disparou três vezes com o fuzil na direção do Peugeot, por acreditar que o suposto disparo que ouviu tivesse vindo do veículo da família de Heloísa.

Os outros agentes, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva, confirmaram a versão do colega.

A PRF e o Ministério Público Federal também investigam o agente que esteve à paisana no hospital onde Heloísa estava.

Imagens das câmeras de segurança da unidade mostram o policial entrando no local, sem se identificar, e sendo seguido por um segurança até o corredor da emergência pediátrica.

William Silva, pai de Heloísa, esteve nesta segunda-feira (11) no MPF para prestar depoimento. Ele contou que chegou a conversar com o agente da PRF.

Segundo o procurador da República Eduardo Benones, que investiga o caso, Silva não se sentiu ameaçado e chegou a conversar com esse policial. “No curso das investigações, se ficar provado que esse policial entrou no CTI sem autorização, evidentemente pode ser caracterizado um abuso de autoridade sem prejuízo de sanções disciplinares por parte da PRF”, disse.

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