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Motoristas de aplicativos podem ter nova categoria profissional, se PL for aprovado

Em projeto de lei que será enviado pelo governo, motoristas de aplicativo terão limite de 12 horas de trabalho por dia
28/02/2024 | 12h11

O governo deve enviar ao Congresso Nacional, um projeto de lei que cria uma nova categoria profissional: a de trabalhador autônomo por plataforma, que enquadrará os motoristas de aplicativos. A proposta acontece após recuo da ideia de enquadrar esses trabalhadores em três categorias profissionais, uma delas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Uma minuta de regulação do setor determina a contribuição ao INSS de 7,5%, pagamento de hora de trabalho no valor de R$ 32,09 e remuneração de ao menos o salário-mínimo, hoje em R$ 1.412. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo.

Além disso, as empresas deverão contribuir com 20% sobre a remuneração mínima do profissional, que irá corresponder a 25% da renda bruta. A contribuição ao INSS será recolhida pela empresa responsável pelo aplicativo e destinada à Previdência Social todo dia 20.

Em caso de descumprimento da legislação, as empresas poderão pagar multa de até cem salários mínimos (R$ 141,2 mil nos valores atuais).

Motoristas de aplicativo só poderão trabalhar até 12 horas por dia

De acordo com a minuta, os trabalhadores por aplicativo terão limite de 12 horas de trabalho por dia para “assegurar a segurança e a saúde do trabalhador e do usuário”. A remuneração do trabalhador será reajustada anualmente, seguindo o aumento do valor do salário mínimo.

A proposta do governo, com a nova categoria de trabalhador autônomo por plataforma, vai de encontro às decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que já enquadram a categoria como autônoma.

Por falta de consenso com as empresas, os trabalhadores que usam motocicletas ficaram de fora das negociações nesse momento. A proposta do governo foi fruto de um ano de debates entre Ministério do Trabalho, empresas de aplicativos, entregadores e sindicalistas.

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