Por Esmael Morais
A quinze dias da decisão no segundo turno das eleições em Curitiba, um movimento plural e suprapartidário tem ganhado destaque, mobilizando-se contra o voto nulo e as abstenções. A campanha, que apela para o voto consciente, tenta evitar que o eleitorado se abstenha ou anule seu voto, alertando para os riscos que isso pode representar no cenário atual.
Com Cristina Graeml, candidata de extrema direita pelo PMB, à frente da campanha, o movimento utiliza sua figura como “garota propaganda” do voto útil na capital paranaense. Essa iniciativa busca evitar a eleição da extremista de direita Cristina Graeml, que disputa com Eduardo Pimentel (PSD) o segundo turno das eleições em Curitiba.
Em um vídeo recente, divulgado durante uma entrevista ao jornalista Ogier Buchi, Graeml anunciou que, se eleita, nomeará a controversa médica Raíssa Soares, apelidada de “Doutora Cloroquina”, para o cargo de Secretária Municipal de Saúde.
“Doutora Cloroquina” ganhou notoriedade durante a pandemia de Covid-19 ao promover o uso da cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra o vírus.
Imagens dela sendo aplaudida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando recebia um lote de cloroquina, foram amplamente divulgadas nas redes sociais.
Vale lembrar que a pandemia foi devastadora no Brasil, com 713.626 mortos, sendo 47.014 apenas no Paraná, e 3.176 em Curitiba.
No primeiro turno, dos mais de um milhão de eleitores que foram às urnas em Curitiba, 47.728 (4,64%) optaram pelo voto nulo, enquanto 394.912 se abstiveram. Esses números preocupam os membros do movimento, que apelam: “Quando você vota em branco ou nulo, você abre caminho para extremistas”.
Luta contra voto nulo para conter extrema direita
A luta contra o voto nulo agora se torna um ponto central na disputa eleitoral da capital paranaense, especialmente com o histórico polêmico de figuras como a Doutora Cloroquina sendo associadas à candidatura de Graeml.
O movimento #ELANÃO busca reforçar a importância da escolha consciente para evitar um retorno de políticas extremistas à gestão municipal.
Essa mobilização surge em um momento crítico e levanta questões sobre o impacto que o voto consciente pode ter no resultado final das eleições em Curitiba.
O movimento contra o voto nulo é suprapartidário porque sua atuação não está vinculada a nenhum partido político específico, permitindo que o movimento dialogue com várias correntes políticas de forma independente.
O movimento também é plural porque reflete a diversidade de ideias e grupos que compõem o movimento, promovendo a inclusão de diferentes segmentos da sociedade.
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