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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

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MP pede 84 anos de prisão para assassinos de Marielle e Anderson

O processo contra Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz que levou à prisão de ambos possui 13.680 folhas, 68 volumes e 58 anexos
29/10/2024 | 09h16

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai requerer, ao Conselho de Sentença do IV Tribunal do Júri, a condenação máxima para os assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em março de 2018 e os réus confessos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz serão julgados a partir desta quarta-feira (30) e podem pegar até 84 anos de prisão. O Júri inicia às 9h.

Os dois foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Caso Marielle Franco e Anderson Gomes (Gaeco/FTMA) do por duplo homicídio triplamente qualificados, um homicídio tentado, e pela receptação do Cobalt utilizado no dia do crime, ocorrido em 14 de março de 2018. Ronnie e Élcio foram presos em março de 2019.

O processo que levou à prisão de Lessa e Queiroz tem 13.680 folhas, 68 volumes e 58 anexos. Ambos fizeram delação premiada com a Polícia Federal desde o ano passado para identificar os mandantes do crime. Lessa afirma que Chiquinho e Domingos Brazão, deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, respectivamente, foram os mandantes. Para o Tribunal do Júri, foram selecionadas 21 pessoas comuns. Deste grupo, sete serão sorteadas na hora para compor, de fato, o júri.

Durante os dias de julgamento, os jurados ficam incomunicáveis e dormem em dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio. Para o julgamento, o MPRJ pretende ouvir sete testemunhas. A acusação contará com os depoimentos da única sobrevivente do atentado, a jornalista Fernanda Chaves, que estava no carro com a vereadora e o motorista, além de familiares das vítimas e dois policiais civis.

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