O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) realizou na manhã de hoje (11) a Operação Fim de Jogo, para cumprir dois mandados de busca e apreensão contra atletas da equipe de futebol Santa Maria.
Foram alvos da operação Alexandre Batista Damasceno, que veste a camisa 13 do time, e Nathan Henrique Gama da Silva, que atua como camisa 2. Segundo as investigações, os jogadores teriam agido de forma deliberada para manipular placares de ao menos dois jogos do Santa Maria durante o Campeonato Brasiliense de Futebol.
Jogos sob suspeita de manipulação

Foto: Júlio César/Real Brasília
As partidas foram uma derrota de 6×0 do Santa Maria contra o Ceilândia, em 3 de fevereiro, no Estádio Abadião. Na outra partida, no dia 18 de fevereiro, o Santa Maria enfrentou o Gama, no Estádio Bezerrão, e foi goleado por 5 x 0.
Os dois atletas, segundo aponta a investigação, tiveram envolvimento direto em todos os lances que resultaram nos 11 gols desses jogos. O Ministério Público conseguiu provas de que apostadores com palpites cadastrados para as duas partidas em sites especializados souberam previamente dos resultados.
Anteriormente, quando faziam parte da equipe do Desportiva Aliança, os dois atletas já haviam sido apontados como suspeitos de manipular jogos. A informação é do Metrópoles.
William Pereira Rogatto, um aliciador de atletas para cometimento de fraudes esportivas, segundo o MP, está envolvido com os crimes e com a gestão do Santa Maria. A Justiça expediu ordens de busca, apreensão e de prisão preventiva contra William, que não foram cumpridas por ele residir na Europa.
O Santa Maria ficou na última colocação no Campeonato Brasiliense de Futebol deste ano (Candangão 2024).
Relacionados
Filipe Luís, treinador do Fla, critica patrocínio de bets: ‘Sei o dano para as pessoas’
Todos os clubes da Série A do Brasileirão 2025 são patrocinados por bets; campeonato tem marca de uma casa de apostas
Futebol é só isca, Bets são portais dos jogos de azar
Em manifesto corajoso, o técnico Filipe Luís compara jogatina com droga; na mídia, só ICL enfrentou o tema com a campanha ´Apostas matam´
Polícia do DF instaura inquérito após morte de menina de 8 anos em desafio do TikTok
Menina participou do 'desafio do desodorante', que começou a circular em grupos nas redes sociais