Uma quadrilha foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por aplicar golpes por meio de compras feitas com o cartão de crédito. Segundo o MP, os criminosos conseguiam fazer as transações digitando números de cartões em “maquininhas” por meio de um serviço de “venda digitada”, isto é, quando os dados do cartão são inseridos manualmente.
Os promotores Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciaram seis pessoas pelos crimes de associação criminosa e estelionato. Na denúncia, é descrito que os criminosos cometeram 12 crimes de estelionato, causando um prejuízo de pelo menos R$ 389.707,25 às administradoras dos cartões.
O Gaeco afirma que a quadrilha conseguiu os números dos cartões de créditos num grupo de WhatsApp, pagando R$ 10 por cada sequência numérica. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Criança e Adolescente (antiga 38ª Vara Criminal). Além do Gaeco, a investigação também foi conduzida pela 16ª DP (Barra da Tijuca).
O caso chegou aos promotores depois que uma das empresas de cartão de crédito informou que, entre os meses de março e junho de 2020, 15 estabelecimentos tiveram o serviço ‘venda digitada’ habilitado sem o conhecimento ou consentimento dos proprietários. E pelo menos sete estabelecimentos tiveram vendas feitas. Os crimes foram cometidos em lojas da Barra da Tijuca e do Centro do Rio.
Em 2021 o Gaeco cumpriu 11 mandados de busca e apreensão contra integrantes da mesma quadrilha. Entre os bens e objetos apreendidos, os promotores conseguiram apreender quatro veículos de luxo, avaliados em aproximadamente um R$ 1,4 milhão, aproximadamente R$ 20 mil em dinheiro, mais de 100 chips de celular e joias avaliadas em R$ 200 mil.
Além desses itens, também telefones celulares, computadores, máquinas de cartão de crédito, talões de cheques e espelhos para impressão de documentos.
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