O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta sexta-feira (8) ter contabilizado que 8.119 das mais de 34 mil mortes registradas durante os primeiros seis meses de massacre israelense na Faixa de Gaza — hoje passam de 43 mil — e concluiu que “quase 70% eram crianças e mulheres”.
“Acreditamos que isto é representativo da distribuição do número total de mortos. Uma proporção similar à que foi anunciada pelas autoridades de Gaza”, território palestino governado pelo Hamas, declarou à AFP Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado.
Entre as mortes verificadas, 3.588 eram crianças e 2.036 mulheres. Segundo o relatório, a proporção de mulheres e crianças indica “uma violação sistemática dos princípios fundamentais do direito internacional humanitário, em particular a distinção e a proporcionalidade”.
“Este nível sem precedentes de mortos e feridos entre os civis é consequência direta doa violação dos princípios fundamentais do direito internacional humanitário”, denunciou o Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, em um comunicado.
A ofensiva israelense em Gaza já causou pelo menos 43.469 mortes, em sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza.
Torcedores israelenses agridem palestinos na Holanda
Torcedores de futebol israelenses entraram em conflito com manifestantes pró-palestinos antes e depois de uma partida de futebol da Liga Europa entre seu time Maccabi Tel Aviv e o Ajax em Amsterdã.
Os confrontos ocorreram do lado de fora da Johan Cruyff Arena na noite de quinta-feira, a principal arena da cidade e o estádio do Ajax de Amsterdã, bem como em outras áreas. O Ajax venceu a partida por 5 a 0, depois de estar vencendo por 3 a 0 no intervalo.
Centenas de torcedores do Maccabi Tel Aviv vieram a Amsterdã, fizeram uma manifestação na praça principal antes do incidente, agitando bandeiras israelenses, e também derrubaram uma bandeira palestina, informou a rede Al Jazeera.
Os torcedores israelenses instigaram a violência depois de chegarem à cidade e atacarem os torcedores palestinos antes do jogo, disse um membro do conselho municipal de Amsterdã.
“Eles começaram a atacar casas de pessoas em Amsterdã com bandeiras palestinas, então foi aí que a violência começou”, disse o vereador Jazie Veldhuyzen à Al Jazeera na sexta-feira.
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