Por Chico Alves
Se um dos motivos para o vereador Rubinho Nunes (União) protocolar uma CPI na Câmara Municipal de São Paulo para investigar o trabalho social do padre Julio Lancellotti era lacrar nas redes sociais, os números mostram que a ação teve resultado inverso. Segundo levantamento do analista de redes Pedro Barciela, que é colunista do ICL Notícias, a plataforma X (antigo Twitter) registrou ontem 273,9 mil menções ao Padre Julio. Destas, 97,5% foram positivas e apenas 2,5% negativas. “Uma surra mesmo”, resumiu Barciela.
Desde que surgiu a notícia de que o vereador, que integra o grupo extremista MBL, tinha conseguido assinaturas suficientes para protocolar a instalação da comissão, uma onda de apoio ao padre se verificou nas redes sociais, especialmente no X, com personalidades importantes da política e da cultura defendendo o trabalho da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo.
“Diante de um percentual desses, qualquer defesa do vereador que propòs a CPi foi irrelevante nas redes”, diz o analista.
Barciela chama atenção para o incômodo manifestado nas postagens de atores não-polarizados na plataforma X com a omissão de figuras centrais da igreja católica no Brasil no caso do Padre Julio. Uma dessas publicações, que cobra posicionamento e o trata como “Alok de Aparecida do Norte”, teve 1,3 milhão de visualizações.
O especialista diz que nas redes Rubinho Nunes não engajou absolutamente nenhum grupo em sua defesa.
“A mobilização foi no sentido principalmente de desmascarar não apenas ele, mas também os outros vereadores que votaram pela abertura da CPI”, diz Barciela.
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