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Nova Iorque processa redes sociais por preocupação com saúde mental de adolescentes

A cidade afirma que gasta mais de US$ 100 milhões anualmente com serviços e programas de saúde mental para jovens
15/02/2024 | 11h34

Cidade mais populosa dos Estados Unidos, Nova Iorque entrou com uma ação em uma Corte estadual de Los Angeles, na Califórnia, contra a Meta e suas plataformas Facebook e Instagram; a TikTok e sua controladora, a ByteDance; o Google e sua plataforma YouTube; e contra a Snap, dona do aplicativo Snapchat. A cidade, que se soma a outras do país, alega que as plataformas alimentam uma crise de saúde mental em adolescentes.

A cidade de Nova Iorque afirma, ainda, que gasta mais de US$ 100 milhões anualmente com serviços e programas de saúde mental para jovens. A informação é do jornal O Globo.

Na ação, o município argumenta que as plataformas táticas comportamentais e neurobiológicas usadas pelas indústrias de tabaco e cassinos para estimular o engajamento de jovens e miram crianças e adolescentes “particularmente vulneráveis aos efeitos viciantes dessas características.”

Além do processo da cidade de Nova Iorque, as plataformas de mídias sociais enfrentam diversos processos e questionamentos na Justiça dos Estados Unidos. Um juiz de Oakland, na Califórnia, determinou que Meta, Google, TikTok e Snap enfrentem centenas de processos que as acusam de tornar jovens dependentes.

A Meta, dona do Facebook e Instagram, já foi processada por procuradores-gerais de mais de 30 estados. Um relatório da empresa, revelado em janeiro, estima que aproximadamente 100 mil crianças e adolescentes são diariamente expostos a conteúdos de cunho sexual, como fotos de órgãos genitais.

O QUE DIZEM AS EMPRESAS

As plataformas negaram as acusações feitas pela cidade de Nova Iorque. Um porta-voz do Google, José Castañeda, refutou as acusações. A Meta afirmou que busca que os jovens tenham “experiências on-line seguras e adequadas à idade”.

O TikTok afirmou possuir os controles mais avançados do setor para garantir o bem-estar dos adolescentes. A Snap ressaltou que a plataforma é diferente das redes sociais tradicionais: “O Snapchat abre diretamente na câmera, em vez de em um feed que estimula a observação passiva, e não tem os tradicionais likes e comentários.”

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