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Novas condições no Minha Casa, Minha Vida começam hoje para imóveis de até R$ 350 mil

Governo Lula vem estudando a possibilidade de criar a Faixa 4 do programa habitacional, que seria voltada a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.
07/07/2023 | 12h56

Nesta sexta-feira (7), entram em vigor as novas condições do Minha Casa, Minha Vida, aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS no dia 20 de junho, com a liberação de financiamento para imóveis de até R$ 350 mil. Esse teto corresponde a famílias que recebem mensalmente de R$ 4.400,01 a R$ 8.000. O governo Lula vem estudando a possibilidade de criar a Faixa 4 do programa habitacional, para atingir famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou como objetivo a contratação de 2 milhões de imóveis no Minha Casa, Minha Vida até o final de seu governo, em 2026. A Caixa, segundo reportagem da Folha de S Paulo, pretende impulsionar, neste segundo semestre, as parcerias com governos estaduais e municipais para investimento no segmento voltado para a renda mais baixa.

Com o relançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida em fevereiro, a Caixa prevê a contratação de ao menos 555 mil imóveis do Minha Casa, Minha Vida até o fim deste ano, sendo 440 mil moradias com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o que representa um aumento de 15% em relação ao ano passado.

Em 2022, foram 380 mil unidades habitacionais nesse segmento. Até agora, 220 mil já foram contratadas. Neste ano, o orçamento do FGTS para subsídios é de R$ 9,5 bilhões.

Foram retomadas nos primeiros seis meses do ano, as obras de 13.684 unidades habitacionais que estavam paradas e entregues mais 9.822 imóveis.

Nova versão do Minha Casa, Minha Vida também quer expandir o financiamento de reparos e readequação de edifícios já existentes

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Crédito: Agência Brasil / Tomaz Silva

A nova versão do Minha Casa, Minha Vida também quer expandir o financiamento de obras de reparos e readequação de edifícios já existentes, técnica conhecida como retrofit. Até agora, foram 1.088 unidades contratadas nessa modalidade, que beneficia sobretudo prédios localizados em centros urbanos, como São Paulo. De acordo com a Caixa, cerca de 80% eram propriedades de entes públicos. Para a aquisição de imóveis em retrofit, os tomadores dos recursos têm direito a um valor extra de 40% acima do teto.

Na modalidade voltada para a mais baixa renda, a meta inicial de contratação para o ano é de 115 mil imóveis com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial). A Faixa 1 se restringe a famílias com renda bruta mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640). No Orçamento de 2023, estão previstos R$ 10 bilhões para esse segmento.

À reportagem da Folha, o diretor de Habitação na Caixa, Rodrigo Wermelinger, disse que o tema é tratado no banco como uma agenda prioritária e que uma solução está sendo desenhada. Estima-se que cerca de 15 mil moradias estão em tratativas para terem as obras retomadas ainda neste ano.

Desde a segunda-feira passada (3), a Caixa está recebendo propostas de empresas e entes públicos para a Faixa 1 do programa habitacional. Após fazer uma avaliação dos documentos e a vistoria dos terrenos para confirmar se as especificações urbanísticas estão válidas, a instituição dará encaminhamento dos projetos ao Ministério das Cidades para aprovação.

Dentro das novas regras recém-aprovadas, está a redução em 0,25 ponto percentual das taxas de juros oferecidas para famílias com renda de até R$ 2.000. Nas regiões Norte e Nordeste, passou de 4,25% para 4% ao ano e, nas demais regiões, de 4,50% para 4,25% a.a.

Para quem se enquadra nas Faixas 1 e 2, com renda familiar mensal bruta de até R$ 4.400, o limite do valor do imóvel passa agora a variar entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, a depender do enquadramento dos municípios, levando em conta tanto os arranjos populacionais quanto a influência desses municípios na região.

De acordo com dados do banco, 92% dos municípios (5.137) tiveram algum incremento no teto, 91% dos municípios (4.968) contam com adicional superior a R$ 10 mil e 88% dos municípios (4.339), com valores acima de R$ 20 mil. Os dados populacionais já consideram a contabilização feita pelo Censo Demográfico 2022, divulgado em 28 de junho pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Redação ICL Economia
Com informações das da Folha de S Paulo e agências de notícias

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