Relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) expressaram indignação contra o ataque ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza. O bombardeio matou mais de 470 civis na última terça-feira.
O grupo, composto por sete especialistas, acusa Israel de cometer crimes contra a humanidade e alerta para o risco de genocídio na região. O governo israelense negou ter bombardeado a unidade de saúde.
“O ataque ao Hospital Al Ahli Arab é uma atrocidade”, afirmaram o relatores.
“Estamos igualmente indignados com o ataque mortal, no mesmo dia, a uma escola da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente] localizada no campo de refugiados de Al Maghazi, que abrigou cerca de quatro mil pessoas deslocadas, bem como a dois campos de refugiados densamente povoados”, acrescentaram os especialistas.
O grupo da ONU diz que há uma campanha em curso por parte de Israel que resulta em crimes contra a humanidade em Gaza. “Considerando as declarações feitas por líderes políticos israelenses e seus aliados, acompanhadas pela ação militar em Gaza e pela escalada de prisões e assassinatos na Cisjordânia, existe também um risco de genocídio contra o povo palestino”, concluiu.
O documento é assinado por várias autoridades e representantes de instituições que zelam pela causa humanitária.
ATAQUES
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, são estimadas mais de 500 mortes no ataque ao Hospital Ahli Arab. O Hamas acusou Israel de ter liderado o ataque aéreo. Militares israelenses, no entento, negam a responsabilidade pela ação e alegam que a unidade foi atingida por um lançamento fracassado de um foguete pela Jihad Islâmica.
Informações da Agência Brasil
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