Representantes de vários governos se manifestaram pedindo acesso à verificação do resultado das urnas antes de reconhecer a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o país tem “sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano”.
O vice-presidente da Comissão da União Europeia, Josep Borrell Fontelles, disse que, depois do povo da Venezuela votar sobre o futuro do país de “maneira pacífica e massiva”, “sua vontade deve ser respeitada”.
“É vital assegurar a total transparência do processo eleitoral, incluindo a contagem detalhada dos votos e o acesso às atas de votação das mesas eleitorais”, afirmou Fontelles.
Javier Gonzalez-Olaecha, presidente do Peru disse que não aceitará “a violação da vontade popular do povo venezuelano”. “Condeno em todas as extremidades a soma de irregularidades com a intenção de fraude cometida pelo governo venezuelano”, afirmou.
Presidente do Chile, Gabriel Boric expressou nas redes sociais que é “difícil de acreditar” na vitória de Maduro e que o Chile não reconhecerá nenhum resultado “que não seja verificável”.
“A comunidade internacional e sobretudo o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das ações e do processo, e os auditores internacionais não se comprometem com o governo na conta da veracidade dos resultados”, escreveu Boric.

Presidente do Chile, Gabriel Boric
Milei acusa governo Maduro de fraude
O presidente da Argentina, Javier Milei, disse, antes dos resultados das eleições, que a Argentina não vai reconhecer “outra fraude” e que espera que as Forças Armadas, esta vez, “defendam a democracia e a vontade popular”.
Ministro do Exterior da Espanha, José Manuel Albares, afirmou que a vontade democrática dos venezuelanos deve ser respeitada “com a apresentação das atas de todas as mesas eleitorais para garantir resultados plenamente verificáveis”.
“Pedimos que se mantenham a calma e civismo com os quais transcorreu a jornada eleitoral”, disse Albares.
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Em clima tenso, eleitores da Venezuela vão às urnas para votação presidencial
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