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Preso preventivamente, pastor fazia ‘unção da sacanagem’ e fazia sexo com fiéis

Religioso inventava profecias e dizia ter revelações trágicas envolvendo a morte de parentes dos fiéis para cometer abusos
22/05/2024 | 10h10

O pastor Sinval Ferreira, de 41 anos, preso preventivamente, é alvo da Operação Jeremias 23, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quarta-feira (22).

O religioso simulava ser um profeta e ter revelações trágicas envolvendo a morte de parentes dos fiéis. Para livrá-los do infortúnio, os homens deveriam receber sexo oral e transar com o líder evangélico. A informação foi revelada pelos jornalistas Mirelle Pinheiro e Carlos Carone, do site Metrópoles.

Nas redes sociais, onde acumula mais de 30 mil seguidores, o pastor compartilha fotos e vídeos sobre sua rotina com a família e as pregações em uma igreja evangélica.

As investigações apontam que Sinval usava a influência para abusar sexual e financeiramente dos fiéis que frequentavam a comunidade da qual ele é líder. A operação recebeu o nome de Jeremias 23 em referência à passagem bíblica que faz alusão aos falsos profetas.

Pastor: ‘Unção da sacanagem’

O religioso dizia ter revelações trágicas envolvendo a morte de parentes dos fiéis. Foto: Reprodução

Visto como uma espécie de profeta, o pastor abordou uma das vítimas, que era fiel da sua igreja, e o avisou que teve uma visão em que a esposa dele iria morrer. Segundo o religioso, “Deus” teria dado ordem para que ele salvasse a esposa do obreiro da morte.

Para isso, deviam ser realizadas “sete unções” que teriam o poder de “quebrar a “maldição” e salvar a vida da esposa da vítima. Para funcionar, as unções teriam que ser realizadas nas partes íntimas do fiel. Com receio das ameaças do religioso, o homem acabou cedendo às investidas e manteve relações sexuais com o pastor.

Sempre sob ameaças de morte de algum parente próximo, o pastor obrigava os fiéis a terem relações sexuais com ele e também com outros frequentadores da igreja. Uma mulher, de 58 anos, também pastora, era cúmplice e o auxiliava com as ameaças de castigo celestial. Ela, no entanto, não é alvo de mandado de prisão.

Orgias na chácara

Os autores irão responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude e extorsão, cujas penas podem chegar a 17 anos de prisão. Foto: Reprodução

Além dos abusos sexuais, Sinval cometia abusos financeiros contra membros da igreja, fazendo ameaças de que parentes morreriam ou ficariam paralíticos se eles não lhe dessem dinheiro.

Uma das vítimas, além de realizar generosas doações para igreja, chegou a pagar passagem e hospedagem para o criminoso viajar para o Rio de Janeiro.

A mesma fiel chegou a emprestar uma chácara que tinha, onde o falso profeta realizou “orgias” com pessoas da igreja.

O criminoso e sua cúmplice irão responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude e extorsão, e as penas podem chegar a 17 anos de prisão.

 

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