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Brasileiros foram algemados e agredidos
26/01/2025 | 09h10
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Brasileiros deportados dos EUA que chegaram no sábado (25) em Belo Horizonte relataram agressões e maus tratos feitas por agentes de imigração norte-americanos, que estavam no voo que saiu da Louisianna (sul dos Estados Unidos). Entrevistados no desembarque no Aeroporto de Confins (MG) dizem que algumas pessoas chegaram a receber ameaças de morte e ser espancadas.

Entre os 88 brasileiros, vários foram algemados e acorrentados pelos agentes de imigração dos Estados Unidos. Nas cenas do desembarque na noite de sexta-feira (24) em Manaus, onde o avião fez uma parada técnica para consertar o ar condicionado, é possível ver brasileiros deportados desembrancando algemados e andando com dificuldade, por estarem com os pés presos.

Na tarde de sábado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada das correntes e algemas. A  Força Aérea Brasileira (FAB) foi convocada para mandar agentes de saúde paradar assistência a todos os passagens do voo e providenciar uma aeronave para fazer o trecho Manaus- Belo Horizonte.

Ao desembarcarem em Belo Horizonte, na noite de sábado (25), alguns deportados deram relataram os maus tratos. “Foi terrível, vim preso nos braços, nas pernas e na cintura, eles não respeitaram a gente. Bateram em nós. Disseram que iam deixar derrubar o avião e que o nosso governo não era de nada”, conto Carlos Vinícius de Jesus.

 

 

Avião saiu com problemas dos EUA

Sandra Pereira de Souza, de 36 anos, estava com o marido Alisdete Gonçalves dos Santos, de 49, e os dois filhos pequenos no voo.  “Um inferno, uma tortura desde que saímos da Louisiana. Deu para perceber que o avião tinha algum problema. Acho que foi uma falta de compromisso deles com os seres humanos, a gente estava morrendo de medo de morrer”.

A parada na capital do estado do Amazonas não foi a única feita pelo avião que saiu dos EUA. Antes de Manaus, o avião havia parado no Panamá, por problemas técnicos. Apesar disso, a tripulação decidiu continuar a viagem sem trocar de aeronave.

Marcas de lesões nas costas e braços feitas pelos agentes da imigração norte-americana (Foto: Arquivo pessoal)

Kaleb Barbosa relatou que o momento mais difícil “foi quando o ar-condicionado estragou no ar, as pessoas começaram a passar mal, alguns desmaiaram e as crianças estavam chorando. As turbinas estavam parando durante o voo, foi desesperador, coisa de filme mesmo.

De acordo com ele,depois do pouso em Manaus, as turbinas do avião chegaram a soltar fumaça, as saídas de emergência foram abertas e ele pediram socorro. Ainda segundo Kaleb, se não fosse a intervenção do governo e a mudança para um avião da FAB, todos poderiam estar mortos.

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