ICL Notícias
Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

Colunistas ICL

Após ouvir 3 vítimas, PF se prepara para concluir investigação sobre Silvio Almeida

Ministra Anielle Franco foi uma das mulheres ouvidas pelos investigadores sobre as denúncias de assédio
29/11/2024 | 05h30

A coluna apurou que a Polícia Federal está encaminhando a conclusão da investigação sobre os casos de assédio e importunação sexual envolvendo o ex-ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida.

Até o momento, três mulheres prestaram depoimento no caso. Uma delas é a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, a outra é a advogada e professora Isabel Rodrigues, que já tinha publicado um vídeo, em sua conta no Instagram, em que relatou ter sofrido assédio sexual de Almeida em 2019. Uma terceira mulher também procurou os investigadores para falar.

Silvio Almeida sempre negou as acusações. No entanto, após ouvir a ministra Anielle Franco, o presidente Lula optou por demitir o ex-ministro ainda em setembro quando o caso foi revelado pela imprensa.

Demissão de Silvio Almeida

O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida foi demitido do cargo pelo presidente Lula em setembro, após o portal Metrópoles revelar que Anielle Franco havia denunciado a integrantes do governo casos de assédio praticados pelo colega de Esplanada.

Em uma reunião um dia após a denúncia vir a público, Anielle relatou em reunião com ministros que, em uma ocasião, em 2023, Almeida passou a mão entre suas pernas por baixo da mesa enquanto a reunião acontecia.

A organização Me Too Brasil, que oferece acolhimento a vítimas de violência sexual, recebeu denúncias de assédio sexual contra Almeida. No entanto, Almeida nega as acusações.

Segundo o Me Too, as denunciantes receberam acolhimento psicológico e jurídico. A nota da ONG argumentou na ocasião que “como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias”.

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail