A Polícia Federal deu continuidade, na manhã desta quarta-feira-feira (1º), a uma ação conjunta com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para desarticular a milícia que age em Rio das Pedras, na Zona Oeste da capital fluminense.
Batizada de Embryo, a etapa de hoje da ação mobilizou cerca de 80 policiais federais, que cumprem 13 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça estadual.
Os alvos estavam em diversos endereços do Rio e também nos municípios de Saquarema (Região dos Lagos) e Angra dos Reis (Costa Verde). Ontem, terça-feira (31), na primeira fase, os agentes prenderam dois milicianos, Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e Dalmir Barbosa, pai e filho.
Tailon era o alvo dos traficantes que executaram, por engano, o médico Perseu Ribeiro de Almeida, com outros dois colegas, em um quiosque na Barra da Tijuca, no início deste mês.
INVESTIGAÇÃO
No início da operação, a PF divulgou que dois milicianos, alvos da operação e suspeitos de chefiarem a milícia, foram presos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Também três seguraças dos alvos foram presos em flagrante: dois policiais militares da ativa e um militar da reserva do Exército.
A investigação começou em dezembro de 2021, após a prisão em flagrante de um homem responsável pela contabilidade e gerência da milícia em Rio das Pedras. Ao todo, 17 suspeitos de integrar o grupo criminoso foram denunciados pelo Ministério Público.
TRABALHO CONJUNTO
O trabalho conjunto da Polícia Federal e Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, foi atrás de criminosos acusados de crimes de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo, lavagem de dinheiro, e outros.
O nome da operação Embryo, em inglês, significa embrião e faz referência à primeira milícia estruturada e com atuação em uma comunidade do Rio de Janeiro.
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