Um general da reserva e supostos membros das Forças Especiais do Exército estão na mira da Polícia Federal (PF) na 18ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada hoje. A ação contínua da PF investiga os atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e parcialmente destruídas por vândalos com aspirações golpistas.
Informações do jornalista César Tralli, da TV Globo, indicam que os agentes federais cumpriam esta manhã um mandado de busca e apreensão em Brasília contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, que é acusado de participação nos atos golpistas. O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou bloqueio de ativos e valores do militar.
Para a investigação, segundo a apurou a TV Globo, o general é considerado executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos golpistas. Durante o governo de Jair Bolsonaro, Ridauto Lúcio Fernandes atuou no Ministério da Saúde, ligado portanto ao general Eduardo Pazuello, que foi chefe da pasta.
SUPOSTO ENVOLVIMENTO DE FORÇAS ESPECIAIS
A TV Globo também apurou que essa nova fase da Lesa Pátria suspeita que supostos integrantes das Forças Especiais do Exército teriam dado começado as invasões às sedes dos Três Poderes.
De acordo com a emissora, imagens apontariam para a ação de primeiros vândalos usando balaclava e luvas, abrindo passagem para o restante dos bolsonaristas pelo teto do Congresso Nacional.
Durante os ataques, os investigadores acreditam que houve uma atuação profissional, por pessoas que conheciam previamente o local e eram treinadas.
LESA PÁTRIA
Os danos causados ao patrimônio público no dia 8/1, segundo a PF, podem chegar à cifra de R$ 40 milhões.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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