A coluna apurou que a Polícia Federal segue em tratativas por um acordo de colaboração premiada com o ex-PM Ronnie Lessa. No entanto, a delação está longe da conclusão. Lessa foi denunciado pelo Ministério Público do Rio como o atirador que disparou os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. O crime completa seis anos nesta quinta-feira (14) e a PF investiga os mandantes do assassinato.
Em janeiro, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, revelou a existência do acordo. A coluna adiantou que Lessa afirmou que um dos mandantes do assassinato é uma pessoa que possui foro de prerrogativa de função no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Por isso, um procedimento preparatório de um acordo de colaboração premiada foi enviado para o STJ. O acordo, porém, ainda não está concluído. A fase é de corroboração das declarações de Ronnie, mas o documento do acordo em si não está pronto e ainda precisa ser levado à homologação.
A coluna apurou que a investigação avançou desde o fim do ano passado e, com a delação, existe uma possibilidade real do esclarecimento completo do caso. No entanto, segundo pessoas próximas ao caso, o vazamento da existência do acordo atrasou as negociações.
Em janeiro, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, chegou a afirmar que o caso seria concluído no primeiro trimestre desse ano.
Na semana passada, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, seja julgado no júri popular pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O pedido do MP está relacionado às declarações de Élcio de Queiroz, denunciado por dirigir o carro onde Lessa estava para disparar os tiros. Queiroz fechou acordo de colaboração no ano passado com a PF e o MP–RJ.
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