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Os empresários Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade foram presos nesta quinta-feira (29), em Brasília, durante a 25ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em São Paulo, a PF prendeu Diogo Arthur Galvão.

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, que são sócios da rede Melhor Atacadista, são suspeitos de financiar o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Os empresários Adauto Lucio de Mesquita (esquerda) e Joveci Xavier de Andrade (direita): presos pela Lesa Pátria

Identificados como bolsonaristas radicais, segundo relatório da PCDF, os dois empresários foram alvo da CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e da CPMI dos Atos Golpistas, do Congresso Nacional. Ambas pediram o indiciamento da dupla.

Segundo o site Metrópoles, no relatório da PCDF, “existem indícios suficientes que Adauto Lucio de Mesquita tenha realmente, junto a seu sócio Joveci Xavier de Andrade, financiado as manifestações antidemocráticas que ocorreram nesta capital, a partir do dia 31 de outubro de 2022”.

SP

Em São Paulo, a PF prendeu o também empresário Diogo Arthur Galvão. As investigações apontam que o empresário aparece em vídeo convocando manifestantes para os ataques golpistas de 8 de janeiro.

Um dos empresários presos é Diego Arthur Galvão Foto: Reprodução

Segundo as investigações, Diogo Arthur Galvão também fez transmissão ao vivo da manifestação em Brasília e chegou a publicar fotos de dentro dos prédios invadidos.

Segundo a Agência Brasil, não é a primeira vez que Galvão é preso na Operação Lesa Pátria por envolvimento nos atos antidemocráticos. Em setembro de 2022, ele foi um dos três brasileiros presos no Paraguai e trazidos de volta ao Brasil.

Defesa dos empresários

Em nota, a defesa dos empresários Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade informou que não teve acesso à decisão emitida pelo STF. “Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal”.

De acordo com o UOL, a defesa do empresário Diego Arthur Galvão foi procurada, mas ainda não houve qualquer resposta.

Operação Lesa Pátria

Nesta quinta-feira (29), a PF executou a 25ª fase da Operação Lesa Pátria. Foram cumpridos 34 mandados judiciais. Do total, 24 são de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico.

Todos os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

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