A Polícia Federal prendeu hoje o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. Ele seria o alvo dos traficantes que executaram, por engano, três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 5 de outubro.
Tailon foi preso na Avenida Abelardo Bueno, também na Barra da Tijuca. Além dele, os agentes da PF prenderam outros três homens. Eles seriam policiais militares e faziam a segurança do miliciano no momento da prisão.
Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste. Ele foi preso em dezembro de 2020, durante operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.
Condenado a 8 anos e 4 meses de prisão por organização criminosa, em julho de 2022, Taillon ficou preso até março passado, quando passou a cumprir regime domiciliar. Em setembro, ele conseguiu liberdade condicional.
MORTOS POR ENGANO
A semelhança física de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa com o médico Perseu Ribeiro Almeida fez com que traficantes da Cidade de Deus, também na Zona Oeste carioca, atacassem, por engano, um grupo de médicos que bebia em um quiosque na Barra da Tijuca, no dia 5 de outubro.
Além de Perseu Ribeiro de Almeida, também morreram no ataque os médicos Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim — este era irmão da deputada federal licenciada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Daniel Sonnewend Proença, que também estava no quiosque foi o único sobrevivente. Eles participavam de um congresso no Rio de Janeiro.

Semelhança física entre Tailon (E) e Perseu (P) confundiu traficantes que atacaram médicos na Barra da Tijuca
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