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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

PF segue em negociações, mas acordo de delação de Ronnie Lessa está longe do fim

Um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco é uma pessoa que possui foro de prerrogativa de função no STJ
13/03/2024 | 05h40

A coluna apurou que a Polícia Federal segue em tratativas por um acordo de colaboração premiada com o ex-PM Ronnie Lessa. No entanto, a delação está longe da conclusão. Lessa foi denunciado pelo Ministério Público do Rio como o atirador que disparou os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. O crime completa seis anos nesta quinta-feira (14) e a PF investiga os mandantes do assassinato.

Em janeiro, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, revelou a existência do acordo. A coluna adiantou que Lessa afirmou que um dos mandantes do assassinato é uma pessoa que possui foro de prerrogativa de função no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Por isso, um procedimento preparatório de um acordo de colaboração premiada foi enviado para o STJ. O acordo, porém, ainda não está concluído. A fase é de corroboração das declarações de Ronnie, mas o documento do acordo em si não está pronto e ainda precisa ser levado à homologação.

A coluna apurou que a investigação avançou desde o fim do ano passado e, com a delação, existe uma possibilidade real do esclarecimento completo do caso. No entanto, segundo pessoas próximas ao caso, o vazamento da existência do acordo atrasou as negociações.

Em janeiro, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, chegou a afirmar que o caso seria concluído no primeiro trimestre desse ano.

Na semana passada, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, seja julgado no júri popular pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O pedido do MP está relacionado às declarações de Élcio de Queiroz, denunciado por dirigir o carro onde Lessa estava para disparar os tiros. Queiroz fechou acordo de colaboração no ano passado com a PF e o MP–RJ.

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