A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Débora Rodrigues dos Santos ao Supremo Tribunal Federal por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ela foi flagrada por fotógrafos escrevendo a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, localizada em frente ao STF.
Em março do ano passado, Débora foi presa na 8ª fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal, que investiga os envolvidos nos atos antidemocráticos. A última fase da operação foi em junho, totalizando 28 fases até o momento.

Em março do ano passado, Débora foi presa na 8ª fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal, que investiga os envolvidos nos atos antidemocráticos
A frase escrita por Débora, “Perdeu, mané”, faz referência à resposta do ministro do STF Luís Roberto Barroso a bolsonaristas que o hostilizaram durante viagem aos Estados Unidos.
Denúncia da PGR
A denúncia da PGR foi feita no último dia 2 e está sob sigilo. Débora é citada em um relatório do ministro Alexandre de Moraes, do STF, divulgado no aniversário de um ano da invasão, em que consta que a prisão preventiva foi renovada em junho de 2023.
De acordo com o relatório, ela é acusada pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
O que diz a defesa?
A defesa de Débora Rodrigues dos Santos afirma que “todos os prazos foram extrapolados sem qualquer justificativa plausível” e que a prisão da cliente, de mais de 480 dias, “ultrapassa o princípio da razoabilidade”.
Segundo a defesa, a transferência de Débora para Tremembé (SP), cidade 229 quilômetros distante de onde mora, Paulínia (SP), “fere de morte a proteção integral da criança, visto que Débora tem dois filhos menores”.
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