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Com crescimento do PIB, Brasil volta ao grupo das 10 maiores economias do mundo. Renda maior e precatórios devem impulsionar economia no início de 2024

Após crescimento econômico de 2,9% em 2023, Brasil saiu da 11ª para a 9ª posição de maior economia do mundo, à frente do Canadá, Rússia, Coreia do Sul e Austrália.
04/03/2024 | 11h40

Com o crescimento de 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023, o Brasil ocupa agora a 9ª posição como a maior economia do mundo. Os dados foram analisados pela Austin Rating, que analisou 54 países.

O crescimento deixou o país à frente do Canadá, Rússia, Coreia do Sul e Austrália. Até então, o país ocupava a 11ª posição, com PIB de US$ 1,91 trilhão.

Em dezembro passado, a mais recente versão do World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial, na tradução), do FMI (Fundo Monetário Internacional), já apontava o Brasil como a nona maior economia do mundo em 2023.

Após o resultado divulgado, o Brasil ultrapassou o Canadá, com PIB previsto de US$ 2,12 trilhões.

A lista ficou da seguinte forma:

  • Estados Unidos – US$ 26,94 tri
  • China – US$ 17,70 tri
  • Alemanha – US$ 4,42 tri
  • Japão – US$ 4,23 tri
  • Índia – US$ 3,73 tri
  • Reino Unido – US$ 3,33 tri
  • França – US$ 3,04 tri
  • Itália – US$ 2,18 tri
  • Brasil – US$ 2,17 tri
  • Canadá – US$ 2,11 tri
  • Rússia – US$ 1,86 tri
  • México – US$ 1,81 tri
  • Coreia do Sul – US$ 1,70 tri
  • Austrália – US$ 1,68 tri
  • Espanha – US$ 1,58 tri

O Brasil deixou o grupo das 10 maiores economias do mundo em 2020, quando caiu para a 12ª posição.

Os melhores desempenhos do país foram registrados em 1995 e entre 2010 e 2014, quando o Brasil ocupava a 7ª colocação no ranking. O pior foi em 2003, com a 14ª colocação.

Puxado pelo setor de agronegócio, o crescimento do PIB brasileiro ficou acima da expectativa do mercado, que esperava alta de 2,2% no ano, de acordo com pesquisa da Reuters. O governo esperava alta de 3%, em linha com o crescimento registrado em 2022.

Cenário da economia para 2024 é favorável

O mercado de trabalho aquecido, o aumento da renda e a injeção de liquidez com o pagamento de precatórios devem garantir que a economia brasileira volte a crescer no início de 2024, avaliam economistas ouvidos pela Reuters.

Um dos principais impactos positivos no primeiro trimestre do ano deve vir do pagamento dos precatórios feito no final do ano passado, que tem potencial de impulsionar o consumo das famílias.

O cenário econômica ainda conta com uma inflação menor e o impulso da renda disponível com um mercado de trabalho que permanece sólido. Outro fator positivo é o afrouxamento da política monetária, em um ciclo que começou em agosto do ano passado e tirou a taxa básica de juros Selic do pico de 13,75% para os atuais 11,25%, com expectativas de mais reduções nas próximas reuniões.

Até mesmo as narrativas do mercado em torno da política fiscal melhoraram. Isso porque, em janeiro, a arrecadação do governo federal registrou o melhor resultado de todos os meses da série histórica da Receita, iniciada em 1995, com um total de R$ 280,636 bilhões.

Haddad diz que alta do PIB “é positivo” para o país e passa “confiança”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na sexta-feira passada que o crescimento de 2,9% registrado pela economia brasileira em 2023 é “positivo” para o país e passa “confiança”, indicando que o governo segue com expectativa de expansão de 2,2% neste ano.

Em entrevista coletiva em São Paulo, Haddad avaliou que o afrouxamento da política monetária deve ajudar a economia e que há espaço para mais cortes de juros e mais crescimento. Ele apontou para a política restritiva do Banco Central como um dos fatores da desaceleração econômica no segundo semestre do ano passado.

“Fechar o ano em 2,9% é bastante positivo para o Brasil, passa para o mercado nacional, internacional… uma confiança na economia brasileira”, disse o ministro.

Nós continuamos mantendo a nossa projeção de 2,2% neste ano“, acrescentou, classificando o número esperado para 2024 como “comedido”. Segundo o ministro, já “tem gente falando em mais”.

Para este ano, Haddad pontuou que a continuação do ciclo de crescimento econômico no Brasil dependerá, principalmente, do comportamento da inflação, do contínuo afrouxamento da política monetária pelo BC e do controle das contas públicas.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do Brasil 247

 

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