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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu um alerta sobre o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix por criminosos para realizar o golpe do “Pix errado”. O MED é um recurso criado para facilitar as devoluções em caso de fraudes.

Segundo dados do Banco Central do Brasil (BC), já foram registrados mais de 2,5 milhões pedidos de devolução por fraude feitos pelo MED neste ano até julho. Os criminosos, no entanto, tem usado o sistema para aplicar golpes.

Como funciona o golpe do ‘Pix errado’?

Se tiver êxito, além de receber o dinheiro da vítima, que acredita estar fazendo a devolução dos recursos, o fraudador também recebe o valor transferido por meio do MED. (Foto: Agência Brasil)

Nessa modalidade de golpe, os criminosos, em um primeiro momento, descobrem o número de celular da vítima, que muitas vezes é cadastrado como chave Pix. Com o número, o fraudador faz uma transferência para conta da vítima.

Logo após, o criminoso liga ou manda mensagem para a vítima, dizendo que fez um Pix errado e pede o estorno. A vítima, então, aceita devolver o dinheiro, mas o golpista não passa a chave Pix original, mas sim a chave Pix de uma terceira conta.

Nesse momento, o criminoso aciona o MED, do Banco Central. “Como o Pix devolvido foi feito para uma terceira conta, diferente da conta original da transferência, as instituições entendem que essa ação é típica de golpe e podem fazer a retirada do dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada”, informou a Febraban.

Se tiver êxito, além de receber o dinheiro da vítima, que acredita estar fazendo a devolução dos recursos, o fraudador também recebe o valor transferido por meio do MED.

Como se proteger?

A primeira recomendação para não cair no golpe do “Pix errado” é, caso receba contato de alguém pedindo o estorno de algum recurso transferido erroneamente, use uma funcionalidade própria do Pix para devolver o dinheiro.

Segundo a Febraban, o cliente deve entrar em seu aplicativo bancário e localizar a opção de devolução da transação recebida, que automaticamente envia o valor para a conta de origem.

“A Federação também recomenda que os clientes tomem muito cuidado com a exposição de dados pessoais em redes sociais, com e-mails de supostas promoções que tenham cadastros e com mensagens recebidas em aplicativos de mensagens”, completou a Febraban, em nota.

 

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