Walter Braga Netto e Marcelo Câmara, dois dos militares mais próximos de Jair Bolsonaro, tiveram seus salários suspensos pelo Partido Liberal, mesma legenda do ex-presidente.
A informação é do blog da jornalista Andreia Sadi.
O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil ganhava cerca de R$ 40 mil para cuidar de uma parte logística, na organização de palanques eleitorais. Já o ex-assessor pessoal de Bolsonaro recebia metade desse valor do partido, aproximadamente R$ 20 mil.
Segundo o blog de Sadi, os pagamentos foram suspensos desde que Valdemar foi proibido de se comunicar com os dois, por determinação do ministro Alexandre de Moraes no inquérito que investiga o plano de golpe contra a democracia brasileira.
No PL, o general Braga Netto não tem atuação política relevante. Seu envolvimento com o plano de golpe foi decisivo para a suspensão do salário, assim como no caso de Câmara, preso na operação Tempus Veritatis. Segundo a investigação da Polícia Federal, o coronel atuava no monitoramento da agenda de Moraes e de outras autoridades para concluir a prisão deles em caso da conclusão do golpe.
A defesa de Câmara pediu a Moraes que ele autorize um novo depoimento dele à PF.
Nos bastidores da legenda, segundo a nota, já há o entendimento de que Bolsonaro, principal cabo eleitoral do partido, será preso ao fim das investigações.
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