Dirigentes do Partido Liberal (PL) avaliam que o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), forçou uma situação até que, um de seus adversários, o candidato José Luiz Datena (PSDB) o agrediu durante o debate promovido pela TV Cultura no domingo (15). No entanto, internamente, integrantes do partido avaliam que o efeito deve ser o contrário do esperado pelo ex-coach e pode perder apoio.
“A máscara dele derreteu”, afirmou um integrante do partido. Um dado que aponta a má percepção do episódio junto ao público é a mudança de tom do candidato. Em live feita no Hospital Sírio-Libanês, onde foi procurar atendimento, o ex-coach afirmou que tudo “foi só um esbarrão”, mas disse que iria ao IML.
No PL, dirigentes lembram que a rejeição ao candidato do PRTB está subindo. Na última pesquisa Datafolha, de 12 de setembro, o candidato do PRTB já era o mais rejeitado: 44% das pessoas diziam não votar nele de jeito nenhum. O levantamento anterior mostrava 38% de rejeição. O PL apoia oficialmente a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas grande parte do eleitorado que se identifica com Jair Bolsonaro, integrante do PL, está migrando para Marçal.
A agressão de Datena a Marçal ocorreu no quarto bloco do debate. O jornalista questionou o candidato do PRTB sobre suas supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Marçal, então, chamou Datena de “arregão” e disse que o ex-apresentador chegou a partir para cima dele durante o debate da TV Gazeta, mas não teve coragem para atacá-lo.
Ao ouvir as declarações, Datena atirou uma cadeira em Marçal. O debate foi interrompido pela TV Cultura e, no retorno, Datena foi expulso com base no regulamento. Marçal pediu para deixar o debate e se encaminhou para o Hospital Sírio Libanês.
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