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Policiais federais saíram às ruas nesta sexta-feira (20) para deflagrar a Operação Última Milha, que investiga o uso ilegal de sistema “espião” de celulares por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A corporação divulgou que os agentes cumprem 26 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nos seguintes estados: São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal.

SOFTWARE INTRUSIVO

As investigações apontam o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software “espião” na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. Os agentes constataram que a rede de telefonia teria sido invadida várias vezes, com a utilização do serviço, que foi comprado com dinheiro público.

Além do uso indevido do sistema, a investigação também recai sobre dois servidores da Agência que, respondendo a processo administrativo disciplinar que poderia resultar na demissão deles, teriam usado o sistema para coagir outros funcionários e evitar o desligamento.

A PF informou que os investigados podem responder pelos seguintes crimes:

  • invasão de dispositivo informático alheio;
  • organização criminosa e
  • interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

DISTRIBUIÇÃO DE MANDADOS

São 26 mandados de busca e apreensão distribuídos da seguinte forma:

  • 18 DF (Brasíilia)
  • 1 GO (Alexânia)
  • 2 SP (1 São Paulo e 1 São José dos Campos)
  • 2 PR (1 Curitiba e 1 Maringá)
  • 3 SC (1 Florianópolis, 1 São José e 1 Palhoça).

Além desses,2 mandados de prisão preventiva no Distrito Federal, e 5 mandados de afastamento também no DF.

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